A partir de março Socorro conta com uma nova profissional na área de Saúde. Trata-se da Drª Carol Rangel Tiziano. A médica é graduada há 19 anos e pediatra há 16 anos. “Sou também esposa do Daniel Tiziano, mãe do Pedro de 8 anos e da Cecilia de 7 anos. Atualmente, moram em Campinas”, apresenta-se ela. Em entrevista ao Jornal O Município, ela revela sua linda história com a pediatria, seus atuais estudos de parentalidade e conta como chegou até a cidade de Socorro. Confira!
Fale brevemente sobre sua trajetória profissional
Eu nasci no Rio de Janeiro, capital. Meus pais são cariocas e minha família foi construída e permanece lá até hoje. Estudei em um colégio tradicional da cidade chamado Santo Agostinho e desde muito pequena já dizia aos meus pais e familiares que seria médica. Jamais consegui me imaginar em outra profissão; o cuidar dos outros sempre foi realmente vocacional. Meu pai é médico urologista e tenho certeza que suas histórias sobre atendimentos e os casos que nos contava desde a época da faculdade tiveram grande influência em minha vida.
Entrei na faculdade de medicina ainda no Rio, no ano de 2000 e me formei em 2005. Quando fui prestar as provas de residência, já sabia que não queria mais ficar no Rio e foi assim que prestei prova em Campinas, passei e desde então moro nesta cidade que me acolheu com muito carinho. Depois de terminar a residência médica, trabalhei em alguns hospitais da região e neste período conheci o Hospital Vera Cruz onde se exercia uma medicina de excelência, com equipe médica extremamente capacitada e atualizada e sempre que ouvia falar do hospital sabia que era lá que eu queria trabalhar. Em um dia, fui convidada pelo Dr. João Martins, o fundador da Pediatria do Vera Cruz para fazer parte da equipe e estou lá há 11 anos. É uma honra trabalhar neste hospital por tanto tempo e principalmente com médicos tão admiráveis que hoje são meus colegas, como o Dr. João.
Sempre me interessei pelos atendimentos de urgência e cuidados com crianças graves e é isso que eu faço desde que terminei minha residência. Além do trabalho no hospital também faço atendimentos de educação parental, que além de ser uma paixão, é uma necessidade cada vez maior entre os familiares, pois educar a atual geração com virtudes e bons princípios não tem sido uma tarefa fácil. Existe sim a melhor forma de educar nossos filhos para que sejam adultos sadios e capazes de cuidarem de si e dos outros. Este estudo de parentalidade entrou em minha vida há quase 10 anos, principalmente depois que me tornei mãe, pois percebi um déficit muito grande dos pediatras quando eu buscava entender e conhecer a melhor forma de educar meus filhos e por isso decidi me aprofundar no assunto.
Quando e porque decidiu ser pediatra?
A história por trás da minha decisão em fazer pediatria é muito bonita. No quinto e sexto ano da faculdade de medicina escolhemos um optativo que é uma enorme oportunidade para vivenciarmos melhor o dia a dia de determinada especialidade médica e eu escolhi a pediatria. Tive uma preceptora encantadora: ela era uma pediatra muito estudiosa e dedicada aos seus pacientes. Ao final do rodízio, não tive dúvidas e fui conversar com essa professora que eu iria fazer pediatria. Eu esperava um sorriso aberto de alegria, mas recebi na verdade um banho de água fria. Ela me desestimulou enormemente, citando que a dedicação era cansativa e excessiva e eu optei então por trabalhar por 1 ano com adultos, antes de prestar a residência. Neste um ano, atendia em um pronto atendimento no subúrbio do Rio de Janeiro, cuidando de adultos com todo tipo de problema. E no final do corredor atendiam as pediatras. Um dia uma mãe entrou para passar em atendimento comigo e ela estava de mãos dadas com um menininho lindo de 4 anos, mas com olhos sofridos de dor por uma lesão de pele confluente que tomava metade de seu rosto. Imediatamente eu coloquei aquela criança na maca e comecei a examiná-lo e a direcionar minha anamnese para entender o que tinha acontecido. Ele estava com aquelas lesões de pele há mais de 15 dias e só pioravam. Ela me disse também que tinha levado o menino na pediatra do pronto atendimento e que ela tinha orientado que procurassem um dermatologista. No subúrbio do Rio de Janeiro é dificílimo encontrar dermatologista já nos dias atuais, imagine em 2006. Fiquei muito angustiada com aquela situação, expliquei para a mãe que aquilo era um impetigo e prescrevi o antibiótico correto para seu tratamento. E até esqueci que na verdade a minha paciente era a mãe. Neste dia tive certeza que realmente precisava cuidar de crianças, afinal não somos nós que escolhemos a pediatria, é a pediatria que nos escolhe.
E como surgiu a oportunidade de trabalhar em Socorro?
Meu marido começou a trabalhar em Socorro há alguns anos, e desde a primeira vez que vim conhecer, me encantei pela cidade: desde o charmoso centro de Socorro até a belíssima Igreja, o coreto, as casas antigas, quanto pela beleza natural que a cidade tem. Me senti muito a vontade aqui desde o primeiro dia. Depois que conheci as pessoas da cidade, me impressionou a escassez de profissionais pediatras. Soube que muitas famílias perdem o seu dia inteiro de trabalho se deslocando para Bragança ou outros municípios para atendimento do seu filho doente.
A gota d´água para minha tomada de decisão em vir atender aqui foi quando uma mãe, moradora da cidade de Socorro, chegou no Vera Cruz em Campinas com o filho com uma febre prolongada, que já tinha procurado atendimento em Bragança e o menino – quase da mesma idade do meu filho – mantinha esse quadro febril sem diagnóstico. Ela levou 1h30min para chegar em Campinas e passar pelo meu atendimento e depois voltaria, mais 1h30 min de estrada. Fiquei muito consternada com essa situação, pois sei o quanto ter um filho doente nos preocupa.
Onde irá atender? A agenda já está aberta?
Irei atender na Clínica VIVAZ e sim, a agenda já está aberta. Se quiserem agendar consulta entrem em contato no celular (19) 98129.6290. E se quiserem me conhecer melhor e conhecer meu trabalho, meu instagram é @dra.caroltiziano.
Gostaria de dizer algo a mais para seus futuros pacientes e pais?
Quero dizer aos pais dos futuros pacientes que me sinto honrada em poder ajudar e caminhar ao lado de vocês na construção e formação dos filhos, que são nosso maior bem e maior legado que podemos deixar ao mundo.