Acidentes de moto causados por jovens já faziam parte das estatísticas oficiais há vários anos, conforme notícia publicada na edição nº 2779, de 28 de abril de 1979.
Motoristas jovens causam 70 por cento dos acidentes nas estradas
Segundo levantamento dos dois maiores fabricantes de motos no Brasil, 58 por cento dos condutores deste tipo de veiculo situam-se na faixa etária entre 20 a 30 anos, e pelo menos 70 por cento deles utilizam a moto apenas como hobby. Dados da Polícia Rodoviaria revelam ainda que 70 por cento dos 21 mil acidentes, ocorridos na malha viária paulista no ano passado, envolveram motoristas desta faixa de idade, e que pelo menos 600 ocorrencias tiveram como causadores motoqueiros imprudentes.
O usuário da moto sofre mais diretamente, do que os outros condutores, os efeitos das intempéries, ondulações da pista, além de não possuir a mesma defesa da carcaça do automóvel. A velocidade, excessiva, imprimida pela maioria dos motoqueiros jovens tende a agravar ainda mais os efeitos dos acidentes. Para compensar essa “fragilidade” diante do imprevisto, o Codigo Nacional de Transito obriga o uso de capacetes protetores nas rodovias, e sugere o uso de roupas e luvas mais resistentes.
Se hoje existe uma lei que proíbe carros com alto falantes exagerados pela cidade, a edição nº 2782, de 19 de maio de 1979, mostra que a preocupação com os ruídos acima de 87 decibéis já existia, naquela época.
CTN proíbe buzinas e escapamentos
O Codigo Nacional de Transito proíbe o uso de buzinas musicadas e escapamentos que produzem ruídos acima de 85 decibeis. A proibição é determinada pelos danos irreversíveis que os ruídos estridentes e acima desses níveis causam às pessoas.
Se a lei proíbe o uso desse equipamento, é claro que ele não pode ser fabricado. Mas, é e é não só fabricado livre e ostensivamente, anunciado, vendido, instalado nos veiculos, que são licenciados e circulam livremente pelas ruas e pelas estradas.
Quando se indaga às repartições de transito como acontecer isso, a alegação é que o equipamento é instalado depois do licenciamento dos veiculos. A verdade, porém, é que qualquer pessoa pode comprar livremente esses acessórios proibidos e usá-los tambem livremente pelas ruas, sem que nada lhes aconteça.
Nesta época da Copa das Confederações, é bom saber o significado de ações de nossos atletas, conforme nota publicada na edição nº 2784, de 2 de junho de 1979, na coluna BLÁ-BLÁ.
TRANSCRIÇÃO
(Do MUNICÍPIO de Amparo)
Verdadeiro dicionário de neo-logismo enriquece o futebol brasileiro. Para quem desconhece o uso da terminologia futebolística, a interpretação que daria lendo ou ouvindo sobre o “socer” deve ser mais ou menos isso:
Comeu a bola – jogador guloso
Engoliu um frango – faminto
Picou o couro – raivoso
Deu chuveiro – asseado
Deu um chapéu – generoso
Matou no peito – assassino
Mandou uma folha seca – gentil
Deu um tiro certeiro – boa pontaria
Mandou uma bomba – revolucionário
Atirou um petardo – grevista
Aplicou um tijolo quente – obreiro
Levou de carrinho – camarada
Apanhou o balão e colocou-o na relva – poético
Voou com arrojo – aviador
Fez tabela – matemático
Ludibriou a todos – mentiroso
Gingou o corpo – bailarino
É de extrema esquerda – comunista
Aplicou a pena máxima – justiceiro
Deu um coice de mula – malcriado
Dá uma bicicleta – amigão
Faz um passe – espírita
Faz um gol de letra – literato
JOÃO JORGE