
Atenção e prevenção são cuidados fundamentais na hora de se banhar e aproveitar o clima quente em piscinas, praias, lagoas, rios e cachoeiras. A Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) registrou, em 2014, 18 mortes por afogamento por dia no Brasil, sendo a maioria de crianças de 1 a 14 anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, essa é a primeira causa de morte de pequenos entre 1 a 4 anos e a segunda entre 5 e 9 anos, atrás apenas de acidentes de trânsito.
No final do ano passado, uma criança de dois anos de idade morreu afogada na piscina de uma chácara, no bairro Lagoa.
Segundo o subtenente da PM, Wanderson Luis Teodoro, responsável pela base de bombeiros de Lindóia, muitos afogamentos acontecem nas residências. Crianças, quando estão aprendendo a andar, podem cair dentro de baldes com água, banheiras, vasos sanitários e acabam sendo encontradas, muitas vezes, sem vida.
Rios, lagoas e represas
E risco de afogamento não se restringe apenas às crianças. Jovens e adultos também devem tomar cuidado ao nadarem em rios, lagos, represas e, principalmente cachoeiras.
Em fevereiro de 2013, o jovem Josias Ribeiro Ramos, de 24 anos, morreu após cair de uma pedra, na cachoeira do bairro Belizário. Quando os guardas chegaram, Josias estava desacordado e com uma lesão na cabeça. Ele foi immobilizado e conduzido ao Pronto-Socorro, ainda com vida, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Outro caso que mobilizou a cidade aconteceu no final de janeiro de 2011, quando o estudante Leonardo da Silva Vinhas, de 22 anos, que estava com amigos, nas águas de uma cachoeira do Rio do Peixe, próxima à ponte da divisa com a cidade de Munhoz, foi arrastado pela correnteza para baixo de uma pedra.
Seu corpo só foi localizado após 11 dias de intensas buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros e voluntários.
Em 2007, Idemir Antonio de Oliveira Junior, na época com 14 anos, morreu afogado no Rio do Peixe, quando brincava com outros cinco jovens nas águas do rio, na altura da Usina. No momento em que foram puxados pela correnteza, um dos jovens conseguiu se salvar, enquanto outros quatro foram salvos pelo soldado PM Henri Heitor, que estava de férias, e resolveu fazer um passeio e pescar, com seu barco, naquela tarde.
O corpo de Idemir só foi retirado da água após a chegada do Corpo de Bombeiros de Lindóia que, com os equipamentos de mergulho necessários, em poucos minutos o localizaram num local próximo a uma pedra, a 1,50m de profundidade.
Dicas
“Para evitar esses tipos de acidentes, procure nadar em locais conhecidos e permitidos; cuidado para não se enroscar na vegetação que pode estar no chão da represa; não nade próximo de pontos de captação de água; evite o choque térmico – antes de entrar na água, molhe a face e a nuca; certifique-se da profundidade, antes de mergulhar, e não desafie seus limites; crianças devem sempre nadar sob a supervisão de um adulto; ao presenciar uma pessoa se afogando, chame imediatamente por socorro. Lembre-se: água no umbigo, sinal de perigo”, enfatiza o subtenente.