Centro Educacional Horizonte promove Curso de Formação em Psicomotricidade  

Leitura obrigatória

Terá início, em maio, o Curso de Formação em Psicomotricidade, no Centro Educacional Horizonte.  Atualmente, a psicomotricidade ocupa um lugar importante na educação infantil, sobretudo na primeira infância, fase em que se percebe uma grande interdependência entre os desenvolvimentos motores, afetivos e intelectuais.

O curso, que será ministrado pelas educadoras físicas e psicomotricistas Ana Mello e Teresa Borghi, é voltado a profissionais da Educação: professores de creches, de Educação Infantil e Ensino Fundamental, coordenadores e gestores escolares, professores de Educação Física, Música, Educação Artística, psicólogos e áreas afins.

O que é Psicomotricidade?
A psicomotricidade é o conjunto das funções nervosas e musculares integradas ao sistema nervoso. Pode ser considerada uma ciência que ajuda na compreensão do desenvolvimento humano. A motricidade é a fonte de alimentação do cérebro, por isso, em psicomotricidade, o homem é estudado por meio do seu corpo em movimento, sendo o corpo considerado a origem das aquisições orgânicas, influenciando o desenvolvimento afetivo e capacidade cognitiva.

Que tipo de especialização é necessária para trabalhar na área?
É necessário um curso de especialização em nível de pós-graduação Lato-Sensu. Cada curso oferece uma grade curricular que pode variar em carga horária.

Como a Psicomotricidade pode contribuir no desenvolvimento humano? Em qual faixa etária?
A Psicomotricidade contribui no desenvolvimento desde o nascimento até a terceira idade, pois existem diversas atuações psicomotoras para: bebês, crianças, adultos e idosos. Estas atuações podem ocorrer em escolas, hospitais, espaços terapêuticos etc.
A Psicomotricidade nos ajuda a compreender como se estrutura o alicerce básico neuropsicomotor, que prepara e qualifica os potenciais de aprendizagem. Ou seja, por meio da Psicomotricidade e seus pressupostos teóricos e práticos, desenvolvemos as capacidades neuropsicomotoras primordiais, para que o indivíduo se desenvolva de forma adequada e segura na área motora, cognitiva e socioafetiva. Um princípio importante desta contribuição é respeitar a lei maturacional do desenvolvimento, realizando o que a criança é capaz de fazer em cada faixa etária da sua vida e não “antecipar” conteúdos e aprendizagens.

Quais atividades podem contribuir com a maturação psicomotora da criança?
Inicialmente, é importante sabermos que as atividades psicomotoras estão presentes na vida da criança o tempo todo, pois iniciamos um trabalho psicomotor desde bebês, trabalhando com atividades sensório-motoras e, posteriormente, com os pequenos até os 10 anos atividades voltadas à motricidade global, marcha, equilíbrio e controle corporal, estruturação espaço-temporal, motricidade fina etc. Neste trabalho, que é tão amplo, algumas atividades importantes são os deslocamentos como: engatinhar, rastejar, rolar, equilibrar em movimento e em posição estática, participar de atividades que ensinem a noção do tempo e do espaço, atividades que preparem para a escrita etc. As estratégias utilizadas para tais atividades também são bem diversificadas: dinâmicas corporais, jogos e brincadeiras individuais, em grupos, em rodas, exercícios específicos a dificuldades escolares etc. Enfim, todas as atividades que contribuam para um desenvolvimento psicomotor harmônico, que traga qualidade e precisão às ações motoras, que desperte a criatividade e a possibilidade de aprender a lidar com desafios e superá-los, que auxiliem na expressão e comunicação corporal e, também, na interação social. As atividades devem ser lúdicas, prazerosas e bem diversificadas, tamanho o leque de aprendizagens que o ser humano vivencia, ao longo da sua caminhada.

Como os pais podem auxiliar e participar neste processo?
A principal contribuição familiar vem da participação efetiva em tudo o que seu filho (a) realiza. Conversar, perguntar sobre o seu dia na escola, auxiliá-lo em suas dificuldades e angústias, manter um bom diálogo, ser afetuoso, brincar muito, pois o “alimento comunicativo” primordial da infância é o “brincar”. Acompanhar de perto a sua evolução motora, suas atitudes comportamentais, a forma como se expressa corporalmente e se comunica verbalmente. São detalhes que, para muitos, são espontâneos e corriqueiros, mas com a correria do mundo atual, cada vez mais conectado em tecnologias de ponta, por vezes nos esquecemos do básico, que é amar e ser amado, se preocupar com o outro e ajudá-lo sempre que possível. Na observação de qualquer mudança de comportamento que saia dos padrões ditos normais, buscar apoio com profissionais especializados.

Que sinais podem indicar ser necessária uma avaliação psicomotora?
Há alguns sinais que podem chamar a nossa atenção para um olhar mais apurado e, se necessário, para uma avaliação psicomotora: dificuldades na coordenação motora global que chamem a atenção, saindo de um padrão de movimentação normal, por ex. dificuldades na marcha e no equilíbrio, dificuldades ligadas a questões espaciais, letra descoordenada ou ilegível, entre outras questões. Aqui vale lembrar que, quando levantamos um histórico da criança, vemos que muitas “pularam” alguma etapa do desenvolvimento ou não foram estimuladas corretamente, quando pequenas. Neste caso, muitas vezes temos que retomar algumas habilidades pouco desenvolvidas e, nesses casos, muitas vezes uma orientação direcionada à escola e à família já é satisfatória. Em muitos casos não necessitamos de intervenção clínica, depende da origem do problema e do histórico de cada um.

Sobre o curso
O curso abordará os pressupostos teórico-práticos da Psicomotricidade, com a inserção de atividades que respeitem o desenvolvimento psicomotor no que contempla a área motora, afetiva e cognitiva, de crianças dos 2 aos 10 anos.
As explicações iniciais terão como temática as questões de ordem maturacional e neurofuncional. Ou seja, como o cérebro recebe, processa e responde a informações, muitas delas originadas do corpo.
Falaremos sobre a importância da prática psicomotora na escola, principalmente na Educação Infantil e nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Sobre como planejar atividades nesta área, priorizando etapas do desenvolvimento humano nas faixas etárias citadas. Também falaremos sobre as dificuldades de aprendizagem mais comuns e com quais intervenções podemos auxiliar nas mesmas.
A carga horária é de 25 horas presenciais e cinco horas com atividades complementares à distância, sendo que os encontros acontecerão uma vez ao mês, aos sábados (07/05, 04/06, 06/08, 10/09, 08/10),  das 8h00 às 13h00.

Outras informações podem ser obtidas no Centro Educacional Horizonte, à Avenida Irmãos Picarelli, 137. O telefone para contato é o 3895-7122.

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