Conhece alguém que é colecionador? Seja de CD’s antigos, fitas, revistas, bonecos de ação, enfim, um hobby que acompanha a pessoa a vida toda. Quem coleciona sabe disso. Tem um milhão de coisas em seu quarto, casa, e “ai” de quem pôr a mão neles sem autorização. Seja um filme, banda ou time de futebol, essa paixão emociona e vem ganhando adeptos ao redor do mundo. Nesta semana recebemos em nossa redação uma pessoa muito especial: Genival Mouzinho de Pontes, mais conhecido como Dida. Ele nos apresentou sua coleção de álbuns da Copa do Mundo, sendo até alguns deles, autografados por jogadores da seleção canarinho.
Dida contou que sua paixão por álbuns de figurinhas da Copa começou quando era ainda menino, vendo seu pai colecionar e quando jogava futebol. Reunia-se com uns quinze meninos para jogar “bafo” e, com isso, preenchia aos poucos, os álbuns. Hoje, jornalista aposentado, com 74 anos, o mesmo espírito de colecionador vive com ele. “Ao contrário, sou mais criança ainda!”, ressalta.
Há 3 anos mudou-se para Socorro. Já conhecia a cidade, em razão de algumas matérias que fez, pois Dida trabalhou no Santo Amaro é Notícia, Voz de Santo Amaro, Gazeta de Santo Amaro e trabalhos freelance na Gazeta Esportiva, Diário Popular, Estadão, Jornal Nikkey Shimbun e já foi assessor parlamentar.
Os álbuns datam desde 1930, sendo alguns herdados de seu pai. O da Copa de 1930, 1958 e 1962, como contou Dida, já teve quem se ofereceu para comprá-los, mas o colecionador não os vende, “por dinheiro nenhum”. E ao que tudo indica, passará para seu filho, Vitor Hugo, que também coleciona. “Quando me falavam que eu estava perdendo tempo, eu respondia: não estou perdendo tempo, estou ganhando; pois, se eu não tivesse isso aqui eu não estaria conversando com você, agora”. A importância de recordar o passado, de ajudar as crianças carentes que não podem completar o álbum, quando as pessoas ligam para saber como é colecionar, tudo isso tem um significado para ele. “Já mandei figurinha para Natal/RN e até para a França”, comenta o colecionador.
“Elas representam para mim, como a mulher representa a natureza; os álbuns não falam, mas você vê o passado, presente e o futuro”, afirma. Dida possui até um álbum de figurinha da Alemanha, presente de um amigo. É notável a diferença de diagramação, das fotos e até da capa. Nos álbuns autografados, estão estrelas da nossa seleção: Pelé, Garrincha, Newton Santos, Castilho, Bellini, entre outros craques.
Sobre a jogatina das trocas de cromos, Dida fala sobre algumas figurinhas que deram “trabalho” para serem encontradas, e algumas delas ele teve que trocar por outro álbum, para receber uma única figurinha.
Dida já foi matéria em vários programas e jornais, sendo notícia em O Globo, Rádio CBN, UOL, Esporte Fantástico, Jornal do SBT, Jornal da Gazeta, Folha de São Paulo, Estadão, entre outros.
“Eu fico feliz quando as pessoas se interessam. Mostrar que não é só coisa de criança, é pai, mãe, filho, filha, idoso, numa alegria total. Queria que o ser humano fosse mais amigo. O futebol não é guerra, é só alegria para o nosso povo”, encerra Dida.