Da Congada às congadinhas

Leitura obrigatória

Socorro terá o ciclo de oficinas de contação de história do projeto “Congada, congadinha’ encerrado neste sábado (dia 4), às 9h, na Escola Municipal do Bairro Rubins.

Coordenadas por Marinilda Bertolete Boulay, e iniciadas no dia 18 de junho, elas estenderam-se às escolas municipais, estaduais e particulares, tanto da zona urbana, como rural da cidade. Duas contações também foram realizadas no Salão Azul, da Biblioteca Municipal, que fica no Paço Municipal e colocaram em valor esse espaço dedicado à literatura e ao saber, que funciona em um dos prédios históricos, que compõem o patrimônio arquitetônico da cidade.

O tradicional mastro das Festas Juninas foi erguido na Biblioteca, onde as crianças, participando da contação, puderam amarrar suas intenções e pedidos.

Segundo Marinilda, os fundamentos da história dessa manifestação tradicional herdados dos anciãos da congada de São Benedito e Divino Espírito Santo de Socorro, foram transmitidos de maneira lúdica às crianças, que muito se divertiram não só cantando, mas também dançando e desenhando.

Tendo à disposição a indumentária composta pelas capas de fitas multicolores, os chapéus, as espadas, e instrumentos da congada, as crianças foram levadas a dançar em dois grupos, um com fitas azuis e outro com vermelhas. Elas simulavam assim o cortejo da congada, quando os congos dispostos em duas filas dançam ao som dos cantos entoados pelo Mestre e replicados pelo Contra-Mestre e/ou a Rainha (seus “segundos”).

À frente da “Congadinha”, que foi sendo composta durante cada contação, estavam a Rainha, que levava o estandarte bicolor com as palavras de ordem : “Paz, amor e tolerância”. Ao seu lado duas crianças conduziam as bandeiras bordadas com a pomba da Paz, seguidas pelo rei, o capitão o mestre, e os músicos.

O cortejo que foi sendo realizado pela “Congadinha” avançava “tramando”, e fazendo evoluções, até chegar ao momento mais bonito da coreografia, ou seja a “Embaixada”, uma dança dramatizada, ritmada pelos sons das espadas de madeira dos congos simulando uma luta. Na leitura atual do projeto essa luta é travada pela paz, amor e tolerância entre diferentes religiões, culturas e povos. Esse espírito de confraternização é lembrado numa das músicas cantadas pela Congada de São Benedito e Divino Espírito Santo de Socorro : “Enquanto existir congada nosso mundo não tem guerra”.

O projeto totaliza 8 contações que, além de  filmadas e fotografadas para o site que será lançado pelo projeto, estão sendo registradas num desenho coletivo feito por todas as crianças participando de cada contação. Esses desenhos serão expostos na Biblioteca, no encerramento do projeto, quando as Congadas Infantis da cidade encontrarão com a Congada tradicional de São Benedito e Divino Espírito Santo, na Praça Matriz, no domingo dia 16 de agosto às 14h.

Para fortalecer e transmitir a cultura caipira entre gerações, o projeto “Congada, congadinha”,  está sendo realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura e Programa de Ação Cultural- ProAC 2014, conta também com o apoio institucional da associação e editora ITC, Totem Musicais, Prefeitura, Secretaria Municipal de Cultura, Biblioteca Municipal, ComuC e ICA.

Visite o site  www.totemcultural.org.br, onde temos mais informações sobre a Congada, e os projetos “Congada nas Escolas” e “Fitas e Flores”, que o precederam.

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