“Eu não tenho vergonha de estar me tratando, eu tenho vergonha de usar drogas”

Leitura obrigatória

Ganhar uma bolada de U$ 100 mil, trabalhar em filmes, vir para o Brasil, no Rio de Janeiro, conhecer e conviver com gente famosa parece o sonho para muitas pessoas, porém, para o angolano Ricardo Venâncio – o Ricco, foi a porta de entrada em um caminho que, sem o apoio da família e uma estrutura adequada, pode não ter mais volta.

Ricco foi o vencedor da terceira edição do Big Brother África, em 2008, e levou para casa uma alta quantia em dinheiro e, segundo ele, não foi nada fácil. “Todo final de semana estava no paredão, mas consegui ganhar a simpatia do público e levar o prêmio para casa”, diz ele.

O angolano, que já passou por mais de vinte países no mundo, decidiu vir ao Brasil, para fazer um curso de teatro e cinema, com Camila Amado, no Rio de Janeiro. Ele conta que foi lá onde tudo começou e sua vida desmoronou. “Fiz participação em filmes, trabalhei com famosos, estive na casa do BBB 9, frequentava festas e é neste ramo que tive contato com as drogas. Começando com a maconha, a qual já havia fumado algumas vezes, porém, no Rio, comecei a fazer uso constante da droga, o que se agravou quando passei a usar, também, a cocaína”, lembra Ricco.

Segundo Francisco Tasca, proprietário da Clínica Vitta, em Socorro, Ricco sofre de déficit de atenção e, nestas pessoas, a droga tem o efeito contrário. “Ao invés de deixar a pessoa mais acelerada, a cocaína o deixa mais calmo, acelerando a dependência do usuário”, afirma ele.

Com a dependência nas drogas, Ricardo passou a perder compromissos e gastar uma enorme quantia em dinheiro, chegando a 20 mil dólares em apenas uma noite. “Foi tudo muito rápido, tanto que minha mãe e minha tia foram me visitar, no Rio. Cheguei a sair um dia e sumir durante um mês inteiro, nem me lembro onde fui parar. Além disso, perdi oportunidades. Minha participação no filme “Cinco Vezes Favela” poderia ser bem maior, de mais destaque,  mas perdia as gravações, descumpria combinados, então me deixaram apenas de figurante” , enfatiza ele.

Após analisarem o caso e aguardar Ricco terminar o curso, seus pais o levaram de volta para Angola, onde começaram a buscar tratamento. Ficou um mês em uma clínica em Portugal, porém, sem resultados e voltaram para Angola, onde ficou pouco tempo, também, já que o local não oferecia uma estrutura adequada, pois vivia de doações dos pais de Ricardo e, segundo ele, dificilmente eram utilizadas nos tratamentos. Para piorar a situação do ator, além da cocaína, ele passou a fazer uso, também, do álcool.

Sem alternativas, a família de Ricardo começou a buscar outras opções de clínicas de tratamento no Brasil, já que sua irmã estava com uma consulta agendada em São Paulo. Encontraram uma em Atibaia e marcaram a data para a sua entrada: 23 de novembro. Porém, bem no dia em que vieram, estava chovendo muito e foi preciso mudar sua chegada à clínica para o dia seguinte, mas não conseguiu contato.

“Tentamos ligar no sábado, no domingo, mas nada, entramos na internet e fomos buscar outras opções e encontramos a Clínica Vitta, administrada pelo Francisco Tasca.  Acho que era por Deus mesmo, assim que coloquei o pé neste lugar, não tinha dúvidas de que seria a escolha perfeita. Após conhecer o local e acertar os detalhes com meus pais já iniciei o tratamento. Fui muito bem recebido e o tratamento está sendo bem legal; bom nunca é, mas está fazendo com que eu me sinta bem mentalmente e fisicamente. Aqui encontrei uma família, “Eu não tenho vergonha de estar me tratando, eu tenho vergonha é da época em que usava drogas”, afirma Ricardo.

“Eu não tive dúvidas de que ele fosse se dar bem, aqui. O Ricco é uma pessoa carismática, tem talento, é um artista”, enfatiza Francisco.

Daqui a dois meses, o angolano voltará ao seu país, para renovar o visto e Francisco o acompanhará, não apenas para conhecer Angola, mas para , quem sabe, dar a oportunidade de outras pessoas, com os mesmos problemas de Ricco, encontrarem uma luz no fim do túnel. “Meu projeto é levar para lá, o que meus pacientes têm aqui na clínica, claro, me adaptando à cultura deles. O Ricardo é um exemplo de que a droga pode estar em qualquer lugar, e ele teve sorte de contar com a família que deu o suporte e consegue mantê-lo em outro país. Mas muitos morrem, por lá.  Meu objetivo é salvar vidas, sempre trabalhando com amor, sem hierarquia, caminhando lado a lado de quem está na busca de uma vida melhor”, finaliza ele.

A Clínicia Vitta

A Clínica Vitta é um centro de recuperação que oferece tratamento abrangente para dependentes de Álcool, Crack, Cocaína, Maconha, entre outras substâncias que causam dependência química.

A clínica possui comportamento terapêutico e hospitalar, trabalhando as diferentes necessidades do paciente residente, contando com uma equipe de peritos e especialistas, aplicando nossa metodologia e ferramentas ao ser humano, para que não use nenhum tipo de substância que possa lhe trazer os transtornos e perdas anteriores.

Além disso, equipes multidisciplinares de tratamento compreendem os desafios da recuperação e distúrbios, estão profundamente empenhados em orientar o paciente, para uma recuperação duradoura. Cada equipe de tratamento consiste de um médico, psicoterapeuta, terapeuta de família, nutricionista, enfermeira, dentista e demais profissionais de apoio aos pacientes.

A Clíncia Vitta fica localizada na estrada do Bairro Pereiras, km 09, Socorro – São Paulo . Outras informações podem ser obtidas pelo fone (11)  99800-0294, pelo e-mail [email protected] , no site http://clinicavitta.org  ou na página do Facebook Vitta Socorro.

- Anunciantes -
- Anunciantes -

Últimas notícias