Na edição nº 3652, de 2 de fevereiro de 1991, O Município destaca a mudança do ano letivo, com o aumento de 180 para 200 dias de aulas, número que permanece até hoje. O ministro da Educação de época, Carlos Chiarelli, disse que esse número é comparável aos países do Primeiro Mundo e a medida é contestada por professores de Socorro.
Ano letivo terá 200 dias
O ano letivo das escolas no Brasil, que se inicia no dia 14 de fevereiro (quinta-feira), passou de 180 para 200 dias letivos. O presidente Fernando Collor assinou decreto no dia 23 p., estabelecendo também que a carga diária das escolas passará, até 1993, de quatro para seis horas-diárias.
Segundo o Ministro de Educação, Carlos Chiarelli, que anunciou o decreto presidencial, com o aumento de 180 para 200 dias de aulas, essa carga horária sobe para 800 horas-aula por ano. Após a entrada em vigor, em 1993, do regime de seis horas-aula por dia, os alunos passarão a permanecer na escola 1.200 horas durante o ano. Esse número é comparável aos países do Primeiro Mundo.
Para a professora Vilma de Oliveira Santos Simões, diretora da EEPG “Benedicta Geralda de Souza Barbosa”, o problema maior não está na quantidade, mas na qualidade. Existem outras reivindicações da categoria do magistério que resultariam na melhoria do ensino, como: melhorar as condições de trabalho, redução do número de alunos por classe, fixação do professor numa única escola, aplicação de uma politica de salários justos e dignos.
Já o professor Dimas Silveira Costa, diretor aposentado, fez a seguinte comparação para explicar o aumento de dias letivos. “É a mesma coisa que pegar dois times de futebol formados por jogadores e reservas pernetas e coloca-los num campo sem grama, esburacado, com as traves meio caindo. Convidar para apitar o jogo um juiz e dois bandeirinhas desconhecedores do assunto. E para ter um melhor resultado do jogo, ainda aumentar o tempo da partida de 90 minutos para duas horas. A pergunta que fica é: vai melhorar a qualidade do jogo? Afirmou ainda, que antes da década de 1960, o curso do 2.o grau tinha 160 dias letivos, a escola pública era considerada de qualidade, e era muito melhor do que escola particular. Naquela época, a Escola pública era prioridade. Hoje, o governo considera como o último dos encargos
