Pronada, neutra ou supinada… Você sabe qual é o tipo de sua pisada? Provavelmente o leitor está se perguntando por qual motivo esta informação é tão importante. Pois, de acordo com a fisioterapeuta Gabrielle de Moraes, ao saber qual região de nossos pés absorve mais o peso de nosso corpo, é possível evitar lesões, tanto no próprio pé, como em joelhos e quadril. “A maneira como pisamos pode ser classificada como normal ou neutra, pronada ou supinada. Por exemplo, uma pisada pronada gera sobrecarga na região medial ou interna do pé, podendo observar desgaste maior do calçado nessa região, ocasionando as famosas “joanetes”, além de dores no joelho. Em pisadas supinadas observa-se maior descarga de peso na região lateral ou externa, observando desgaste no calçado nessa região, sendo esses indivíduos mais susceptíveis a entorse de tornozelo. Para evitar esses desconfortos, entre outros, que refletem na qualidade de vida do indivíduo, é interessante realizar essa avaliação”, explica ela.
Como é feita esta avaliação?
Pode ser realizada de maneira estática, por meio do podoscópio, no qual podemos observar a descarga de peso, sendo classificada em pé normal, plano ou cavo e, de forma dinâmica, feita por meio de gravações, quando o indivíduo caminha em solo ou esteira, quando vamos observar o tipo de pisada (neutra, pronada ou supinada).
Quais resultados podem ser obtidos após esse tipo de avaliação?
Os resultados serão a correção da disfunção, seja da pisada ou da distribuição de peso no pé, promovendo diminuição da sobrecarga em articulações vizinhas, e melhora da qualidade de vida do paciente, proporcionando uma melhora nas atividades de vida diária e esportiva, se for o caso. Mas, para conseguir resultados satisfatórios, é necessária uma avaliação bem feita e um tratamento individualizado, com sessões de fisioterapia, uso de palmilhas se necessário e orientação de calçados adequados.
Quais as lesões mais comuns que acometem em corredores que utilizam a palmilha errada? Qual seria o tratamento ideal?
São inúmeras as lesões que podem ocorrer, dentre elas: esporão de calcâneo, tendinites, bursites, dores no tornozelo, quadril, joelho e costas, podendo ocorrer até lesões por estresse. O tratamento ideal é a avaliação específica do pé e da postura do paciente, para que a conduta seja individualizada, de acordo com as necessidades de cada um.
Esse tipo de avaliação só visa os corredores? Quem mais pode (e deve) fazer?
Não. Essa avaliação visa qualquer tipo de pessoa que sente dor no pé, joelho ou quadril, uma vez que dor em joelho ou quadril pode ser decorrente de desvios do pé.
Algo mais?
Devemos compreender que todo tipo de dor é uma resposta do organismo de algo que não está muito bem, ou seja, uma forma de nos alertar. Assim, se tratarmos apenas a dor não estamos tratando a causa do problema/disfunção, mas apenas mascarando esse alerta do nosso organismo. Deste modo, a avaliação se torna essencial, pois é ela que informará ao Fisioterapeuta qual tratamento será mais adequado, visto que a maioria das disfunções, tanto em estágios agudos, subagudos ou crônicos, é tratada de forma conservadora, ou seja, sem procedimentos invasivos. A Fisioterapia é um tratamento do tipo conservador, que visa tratar disfunções e promover melhora da qualidade de vida do paciente. Trata-se de uma profissão que tem como objetivo principal o “cuidar” do paciente como um todo, tendo sempre uma visão global.
Serviço
A fisioterapeuta Gabrielle Moraes é formada em Fisioterapia, pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas; Pilates pela Metacorpus; Curso de Bandagem Funcional, pela Conmov; Conceito Mulligan, pelo Instituto Cefisa; especialização em Oncohematologia pediátrica, no Centro Infantil Boldrini.
Para acompanhar seu trabalho, basta curtir sua página no Facebook, e no Istagram: fisioterapeutagabrielle. Ela atende no Estúdio Corporales, à Rua Dr. Alfredo de Carvalho Pinto, 235, e o telefone para contato é (19) 99129-0060.
