Nesta semana, quem nos conta sobre Belém, Capital do estado do Pará, no Norte do Brasil, é Sonia Colli.
Confira!
Tudo começou no réveillon deste ano, com um convite da Marisa (de Souza Pinto Fontana) para fazermos uma viagem juntas. Denise (Giacomo da Mota) ficou encarregada de escolher o lugar e a época. Algum tempo depois, fui informada: que tal Belém? (adorei a ideia!), em outubro, de 7 a 13 (época do Círio de Nazaré, melhor ainda!)
No dia 7 embarcamos em Viracopos, com conexão em BH, e a boa impressão já começa no desembarque: aeroporto preparado para receber os inúmeros turistas vindos para a festa do Círio, com uma imagem da Virgem de Nazaré, à frente da qual todos queriam fazer sua selfie, e enquanto se aguardavam as malas, um grupo de músicos e dançarinos de carimbó entretinha os recém-chegados.
Belém, a cidade das mangueiras, trazidas da Índia pelos colonizadores para produzir sombra (segundo nos foi dito), é muito acolhedora, seus habitantes sempre simpáticos e dispostos a receber bem e a dar as informações solicitadas.
Estar numa cidade sem depender dos horários rígidos de um grupo em uma excursão tem suas vantagens, pois se pode permanecer (ou não) num local pelo tempo que se quiser… E assim foi com nossa primeira visita, a Estação das Docas, um espaço que foi revitalizado, com excelentes restaurantes, lojas, música ao vivo e de onde partem os barcos para um passeio pelo rio Guamá, baía de Guajará, ocasião para se ver alguns dos principais pontos turísticos da cidade, como o Forte do Presépio, a Casa das Onze Janelas e a Catedral da Sé, além de um deslumbrante e inesquecível pôr do sol, tudo animado por dois casais de dançarinos de ritmos típicos da região.
A culinária regional com peixes, frutas, sucos variados, o açaí (que se come com farinha e faz parte das refeições), a tapioca, o tacacá (um caldo que se toma no final da tarde), o tucupi (um líquido amarelo feito com mandioca-brava) usado para acompanhar a maioria dos pratos, a maniçoba (uma espécie de feijoada, com os mesmos pertences suínos, mas sem o feijão, substituído pelas folhas da maniva), sem falar nos sorvetes, constituem um festival de sabores e novidades para nós e também para os turistas, em geral.
Também nos encantamos com o Mangal das Garças, o Bosque Rodrigues Alves, um jardim zoobotânico da Amazônia (onde o belenense foi curtir o feriado do dia 12, com a família), o já famoso Mercado do Ver-o-peso, o Mercado de carnes, o Mercado de peixes, a ilha do Mosqueiro (a 70 km de Belém) com sua praia de rio com ondas e o Theatro da Paz, que oferece uma visita de 1h, com um excelente guia.
E, sem dúvida, uma forte emoção foi presenciar a procissão fluvial da Festa do Círio de Nazaré. Todo o mês de outubro é dedicado a uma programação religiosa, que tem seu ponto alto no segundo fim de semana do mês. As casas, as lojas, as ruas são enfeitadas para a passagem da imagem original da santa (durante o ano fica no Colégio Gentil Bittenncourt), que se desloca por diversos pontos da cidade, (evento chamado de trasladação) sempre acompanhada por inúmeros fiéis, em romaria de motos e de bicicletas e por fim, no domingo, a procissão maior, que leva a imagem para a belíssima Basílica de Nazaré (construção de 1909).
Enfim, conhecer e vivenciar um pouco dessa cidade e suas tradições foi para nós uma experiência bastante agradável e enriquecedora. Valeu muito!