
Buenos Aires é a capital e a maior cidade da Argentina, localizada na região centro-oeste do país, às margens do Rio da Prata. Conhecida como a “Paris da América do Sul”, sofreu grande influência europeia, em especial da França. É famosa por seus museus, centros culturais, galerias, cafés e livrarias. A socorrense Shirley Roberta de Toledo, acabou de retornar de lá, onde participou da meia maratona 21 Km.

Você planejou sua viagem sozinha, pode contar como fez isso?
Achei que teria mais liberdade se viajasse por conta própria, por isso não procurei uma agência de turismo. Fiz uso da internet para comprar as passagens e fazer minha reserva. Pesquisei os bairros de Buenos Aires para ver as facilidades de locomoção (metrô) e onde encontraria uma maior concentração de atrações turísticas, gastronômicas e culturais. Por isso escolhi ficar em Palermo, bairro que é próximo às mais lindas praças, ao zoológico, jardim botânico e aos bons restaurantes. Assim, em quatro dias pude aproveitar de tudo!
Você não fala espanhol, achou difícil se comunicar?
De modo algum. A língua é muito parecida; além disso, são muito hospitaleiros e quando percebem que a gente é estrangeiro, falam bem devagar e procuram perceber se entenderam de verdade o que dissemos.
Você poderia contar um pouco de tudo o que viu e fez?
Bom, eu fui para participar da meia maratona, mas é claro que fiz bons passeios também. Conheci Puerto Madero, à beira do rio da Prata, um local deslumbrante, cheio de bares e restaurantes, ali junto ao rio. Uma das coisas mais bonitas é a Puente de La Mujer, uma ponte pedestre giratória, que permite às embarcações transitarem pelo rio. Foi construída na Espanha e doada por Santiago Calatrava, seu arquiteto, para a cidade. É fabulosa! Próximo ao Puerto está o centro da cidade, onde fica a famosa Casa Rosada, sede do governo argentino. Infelizmente eu só a vi por fora, porque estava em reforma. As avenidas são amplas, todas com jardins, passear por elas é muito gostoso. Para quem gosta de compras, há muitas lojas, as mais famosas ficam na galeria Pacífico, onde há de tudo. O mais especial são as bolsas de couro.
Há algum lugar que você recomendaria?
Não deixe de assistir a um espetáculo de tango na galeria Pacífico, com orquestra, maravilhosos cantores e bailarinos. Imperdível! Acho uma melhor opção do que as tradicionais casas de tango, que cobram cerca de 400 reais pelo jantar, mas não tem um espetáculo desse nível. No teatro Cultural Borges a performance é realmente especial – teatral – e custa em torno de 70 reais. Há outros teatros que pretendo conhecer quando for para as próximas maratonas.

Dizem que a comida na Argentina é muito boa. Você concorda?
Para quem gosta de carne, os cortes são maravilhosos, vale a fama! Fui a vários restaurantes, mas o que eu indico é o La Cabrera por seu ótimo atendimento, com diversas opções de acompanhamento, os famosos vinhos argentinos, além de ser um local muito agradável. Vale a fila que enfrentamos para entrar. Ah, os doces também são deliciosos, o bom é experimentar de tudo, mas não deixe de comer os Alfajores, que lá são especiais, não como os feitos aqui. Vá ao Café Cachafaz, na galeria Pacífico e prove. Recomendo também o Café Tortoni, onde funcionou a associação literária mais famosa da cidade, liderada pelo pintor Benito Quinquela. Fica no Centro, com uma variedade de pães, doces e tipos de Café Goumert. Fica próximo à Casa Rosada.
Algo a acrescentar?
Por ser uma cidade com muitos encantos, acho interessante não se prender a excursões e poder reservar mais dias para a viagem, assim pode conhecer cada cantinho da cidade. Utilize o sistema de transporte público com os trens (metrô) que tem diversas estações e chegam a todos os lugares. Rápido, eficiente e barato. Além disso, permite que você possa ao entrar e sair das estações conhecer mais avenidas, ruas e praças; que são o charme de Buenos Aires.

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