Hoje: Cinque Terre

Leitura obrigatória

As “Cinque Terre” foram declaradas em 1997, Patrimônio da Humanidade pela Unesco, compreendendo as comunas de Monterosso, Vernazza, Riomaggiore com os distritos de Corniglia e Manarola. As suas altas e coloridas casas foram construídas umas apoiadas às outras, em cima dos rochedos da acidentada costa da Rivera Ligure, na Itália.

O seu relevo montanhoso, próximo ao mar, é entrecortado por “terraços” sustentados por muros de pedras, uma técnica agrícola que ali é desenvolvida há milênios, para aproveitar o mais possível dos terrenos altíssimos e com grande inclinação, característicos dessa costa. Nesses terraços vemos extensos vinhedos e oliveiras ancestrais, nos quais o perfume do jasmim, do alecrim, dos limoeiros e das figueiras mistura-se a outros perfumes selvagens, encantando as pessoas, sejam elas moradores ou visitantes.

E é nesse paraíso terrestre, onde o tempo parece não passar, que podemos nos deslocar, hoje, acompanhando a viagem de Bruno e Marinilda Boulay, em junho passado.

Confira!

Após uma semana de trabalho em Cannes, na França, no salão internacional MIDEM (Mercado Internacional da Edição Musical), o casal alugou um carro e seguiu para a Itália, rumo à “Cinque Terre”.

Entrando em Ventimiglia, as roupas nos varais das casas, projetados de uma janela a outra, indicavam que eles já tinham passado a fronteira e entravam na Itália. Na estrada, o casal passou por Gênova, a mais velha cidade da Europa, de cujo Porto saiu a maior parte dos navios que trouxeram os italianos para o Brasil, no final do século XIX. Vieram com eles as famílias que se instalariam, também, em Socorro e região. Atualmente, ali mora Renzo Piano, um dos maiores arquitetos italianos da atualidade.

O casal chegou no mesmo dia à La Spezia, onde foram seduzidos pelo charme dessa cidade situada no Golfo dos Poetas, assim chamado por conta do amor que grandes escritores e poetas confessaram ter por essa região, como os britânicos Byron e Shelley.

Nas praças da La Spezia, as crianças brincam no final do dia, enquanto seus familiares e amigos conversam alegremente nos terraços dos cafés espalhados pelos calçadões. Ali, como no resto do país, o casal diz ter tido sempre a impressão de que os italianos são alegres, felizes por viver e pelas profissões que exercem, orgulhosos de seu país e da sua cultura.

O casal ficou em La Spezia por ser um porto estratégico, de onde se pode pegar um barco para Portovenere, uma das mais lindas comunas da costa ocidental da Itália, e seguir o itinerário, visitando as 5 cidades das “Cinque Terre”.

Outra opção bastante interessante é embarcar em um trem, que permite ir até a cidade mais distante, Monterosso, e de lá ir caminhando pelas trilhas do Parque Nacional de Cinque Terre até Vernazza (2 horas). Os mais corajosos podem continuar a pé, atravessando as outras 3 cidades, o que daria 5 horas de caminhada ao todo, percorrendo o assim chamado “sentido Azzurro”. Nesse percurso, uma atração interessante também é o trecho chamado estrada do amor (via dell’amore).

Para os menos adeptos da caminhada pode-se pegar o trem e descer em cada uma das cinco cidades; há um passe diário, que permite ao visitante fazer essas paradas.

De navio, de trem ou a pé, segundo o casal, o importante é conhecer as cinco cidades da Cinque Terre que são, para eles, um dos mais belos cenários da Itália.

No domínio da gastronomia da Liguria, Marinilda e Bruno sugerem um bom prato da massa fresca de sua preferência, com o molho “pesto”, à base de manjericão, parmesão, alguns segredos de cada cozinheiro, e azeite, sabendo-se que o azeite na Liguria é reputado por seu refinamento e sabor delicado. Para os que gostam mais do doce do que do salgado, existem algumas especialidades deliciosas nessa região da Itália, como o Amaretti, um biscoito leve em formato de bolinhas, à base de amêndoas; os Bacisdi Alassio, à base de chocolate e/ou mel; a Crostata, uma espécie de torta com geleia de frutas; algumas sobremesas à base de limão ou, ainda, o Pandolce, na época do Natal. Os vinhos mais conhecidos são os brancos, cujas uvas amadurecem nos terraços das montanhas das Cinque Terres.

Saindo dali, o casal seguiu para a Toscana, passando por Lucca, Pisa, Firenze, em seguida para o Vale da Aosta nos Alpes italianos, atravessando o túnel de aproximadamente 12 km, abaixo do Monte Branco (Mont Blanc), para entrar na França e, em Paris, pegar o avião de volta para o Brasil! E eles acrescentam, sorrindo: mas sem deixar de visitar familiares, museus, artistas amigos e experimentar, nesse caminho, outras especialidades locais!

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