Hoje: Escandinávia

Leitura obrigatória

A Escandinávia é uma região geográfica e histórica do norte da Europa e que abrange, no sentido mais estrito, a Dinamarca, a Suécia e a Noruega; num sentido mais lato, o termo pode também abranger a Finlândia e, mais raramente, as ilhas Feroé e a Islândia. Em razão às sucessivas vagas de glaciação, a Escandinávia foi repetidamente despovoada e desprovida de fauna e flora terrestres ao longo do tempo. Os estudiosos a apontam como a terra de origem de uma parte dos povos germânicos e dos Vikings.

Por ser uma região puramente histórico-geográfica, a Escandinávia não corresponde a nenhuma fronteira política definida. O uso do termo é muitas vezes incerto, ora incluindo, ora excluindo países vizinhos da península Escandinava.

E para falar dessa região em que os fiordes (grandes entradas do mar entre altas montanhas rochosas) são um dos elementos geológicos mais emblemáticos da paisagem, com origem na erosão das montanhas, devido ao gelo, convidamos Braz Pesce Russo, que lá esteve com a esposa Gioconda e mais dois casais de amigos espanhóis.

Fale, Braz!

Os fiordes da Escandinávia têm que ser vistos com calma, notadamente os noruegueses! E tem que haver uma forma especial de conhecê-los. O melhor é ir, como fomos, num grupo de amigos que tinham o mesmo propósito: viver a intensidade do passeio. Fomos em quatro casais amigos e contratamos uma guia norueguesa de  sólidos conhecimentos e de fácil comunicação em inglês e espanhol. É o melhor a se fazer, porque você conhece os lugares que os nativos curtem e admiram e se mantém conectado com tudo.

Havíamos curtido cinco dias intensos em Segóvia e Madri, onde buscamos os amigos espanhóis. Fomos para Copenhague, na Dinamarca,  para desfrutar  da beleza do parque Tivoli Gardens criado em 1843 e visitar o velho prédio da Bolsa, a Igreja Naval e o Kings New Square. Não deixe de ver o ballet de jovens bailarinos no Teatro Real Dinamarques com apresentações diárias. Vá navegar  nos canais do velho canal Nyhavn, saboreando cerveja e petiscos servidos por belas mulheres e vigorosos homens. Não deixe de ver a sede do Parlamento e o Palácio Christianborg ou, ainda, a coleção de joias da Coroa, no Castelo de Rosenborg.

De Copenhague a Oslo fomos de ferryboat, numa espécie de pequeno cruzeiro de cabines confortáveis e muita música a bordo. Numa van, sempre com a guia norueguesa, fomos para Honefoss e Nesbyen, atravessando a floresta de pinheiros e lagos até o Vale Hallingdal onde a paisagem é deslumbrante. Não deixem de ir a Geilo que fica no próprio vale e é uma maravilhosa cidadezinha montanhesa de estação de esqui, rodeada de montanhas nevadas no setembro que lá estivemos. Fomos dormir numa pousada na montanha de Lofthus, um dos pontos mais lindos do fiorde. De carro fomos até Kinsarvik, uma pequena estação portuária onde se serve uma lagosta inesquecível e um… De ferver os miolos!

Daí, por barco, fomos navegar por todo o fiorde Hardanger, o mais largo da Noruega, até a pequena Kvandal, de onde seguimos de carro até Bergen. Esse caminho é feito por entre as florestas de videiros, numa interminável sucessão de belezas naturais. Bergen é a capital dos fiordes, a segunda cidade da Noruega, onde está sua famosa universidade. Em Berger você tem que visitar a Igreja de Santa Maria para apreciar uma arte sacra característica da região ecandináva e a Sala de Haakon, onde estão expostos os famosos quadros de aquarela que retratam as atrocidades da invasão nazista. É imperdível! Mas, ao sair dessa visita cultural, deleite-se com o Mercado de Peixes na antiga Bryggen, uma área de boêmios e alegres bebedores de cerveja e… Sente-se à mesa com eles, ao ar livre e, certamente, você será um deles: são extremamente afáveis e acolhedores. Cante e ensine a eles músicas brasileiras e, se possível, mostre alguns passos de samba. Quem vai a Bergen tem que ir a Voss, uma cidade histórica com vista para as montanhas que ficam sempre nevadas, com mais ou menos neve, mas sempre nevada. Tome aí um trem e atravesse as montanhas de Myrdal e, se tiver sorte, poderá se conectar com a famosa ferrovia de Flam e ir à cidade de mesmo nome, ao pé do fiorde, numa das paisagens inesquecíveis, daquelas que permanecem na memória por muito tempo.

Aí é o ponto em que se toma um cruzeiro por todo outro fiorde: Sognefjord, o mais comprido e profundo da Noruega e você atravessará ora uma encosta de pedras gigantescas se deitando sobre os fiordes de águas congeladas, ora verá o rio tomar tons de verde entre as pequenas geleiras que deslizam. Fomos pernoitar na montanha, num chalé envolto de neve e frio, nas montanhas de Balestrand, com vista para aquela imensidão dos fiordes. Quando você vai de Balestrand em direção Geiranger, onde está o fiorde que lhe empresta o nome (e que está listado como Patrimônio Histórico pela Unesco) tem que passar por encantadoras vilas, florestas de videiros e campos de colheitas até chegar ao pé da maior geleira dessa região, chamada Geleira de Briksdal, no povoado de Skel. Não deixe de usar o pequeno trenó motorizado até o coração da geleira e verá uma paisagem extraordinária de gelo azul.

Você ainda está a meio caminho de Geiranger onde tomamos um ferry para cruzar esse fiorde que fica entre impressionantes montanhas e selvagens cachoeiras de águas vindas do degelo. Um excelente passeio é ir até a vila de Hellessylt, subir 1800 metros e desfrutar do mirante Dalsnibba, de onde você verá, em toda sua plenitude, a exuberância do fiorde Geiranger. Ali existem quiosques de comidas típicas e bebidas melhores. Em toda a visita aos vários fiordes você precisa conhecer a história das várias regiões, como seu povo vive durante as nevascas e quando elas se vão, como se isolam nas montanhas e como cultivam sua sobrevivência.

A Noruega é um país exemplar pela forma como seu povo a reconstruiu ao fazer do petróleo o seu futuro, após as vicissitudes da Segunda Guerra Mundial. Daí, por terra, fomos à capital Oslo que, por sinal, está fincada num fiorde. Não deixe de ver a Casa de Ópera da cidade e, se puder, vá até Bygdoy Island, onde está o Viking Ship Museum e não deixe de ver as esculturas de Gustav Vigeland expostas no parque que leva seu nome: é um dos maiores tesouros culturais da Escandináavia.

De trem fomos de Oslo para Estocolmo: um supertrem, rápido e confortável, com excelente bufê de petiscos frios e de bebidas quentes. O trem corta uma região linda de belas florestas norueguesas e suecas, com pequenas moradias de telhados empinados e janelas acortinadas por entre as árvores de toda essa região chamada Varmland, que quer dizer “a casa de muitas lendas”. Impressionamo-nos enormemente com Estocolmo. É uma cidade construída sobre 14 ilhas que formam um grande arquipélago, de 24.000 pequenas ilhotas, mais ou menos. Mas é a combinação harmônica de prédios e água que fascina, em Estocolmo. Há um encantamento na fusão do Mar Báltico com as águas doces do Lago Mälaren, passando pela arquitetura da Câmara Municipal, onde se pode visitar os mosaicos cobertos em ouro na Sala Azul e na Sala Dourada. É aqui que se celebra, a cada dezembro, o banquete dos agraciados do Prêmio Nobel. Mas não deixe de andar pela Cidade Velha, em passeio a pé pelas ruas estreitas, empedradas e misteriosas: veja o Palácio Real e a Catedral Storkykan. Não deixe Estocolmo sem olhar para trás e lhe dar um olhar de até breve!

 Participe!

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