Hoje: Nova Zelândia

Leitura obrigatória

Longe de tudo, do outro lado do mundo, a Nova Zelândia vale cada segundo da longa, longuíssima viagem de avião. Dividido em duas grandes ilhas principais, o país reúne uma quantidade de paisagens e atrações impressionantes para o seu tamanho compacto. Na Ilha Norte, onde vivem três quartos da população, os verões são relativamente quentes e há praias perfeitas (como as da Península de Coromandel), tanto para os surfistas quanto para quem quer simplesmente se dourar ao sol. Mas os seus principais trunfos escondem-se no interior: vulcões ativos, gêiseres, lagos multicoloridos e outras formações geológicas inusitadas formam cenários que parecem de outro mundo (não à toa, alguns deles, como o Monte Tongariro, serviram de pano de fundo para a trilogia O Senhor dos Anéis). Já na esparsamente povoada Ilha Sul, uma terra de invernos gélidos e verões amenos, as atrações são os picos nevados, os gigantescos glaciares, a costa povoada por focas e baleias e alguns dos fiordes mais belos do planeta – Milford Sound, Doubtful Sound, entre outros. Somem-se a esses recursos naturais vinhos esplêndidos, cidades vibrantes como Auckland e Christchurch, gente amável e uma infraestrutura exemplar de turismo sustentável, e eis um dos destinos mais completos e sedutores da face da Terra.

O que também torna a Nova Zelândia tão atraente para jovens e amantes da natureza são as excelentes opções de esportes de aventura, principalmente próximos a Queenstown. Lembre-se que alguns dos maiores exploradores polares e Edmund Hillary, um dos primeiros homens a escalar o monte Everest, são neozelandeses. Aqui também se veleja – e muito, mas a paixão nacional é mesmo o rúgbi e sua seleção, os poderosos All Blacks. A mistura desse esporte britânico com o seu grito de guerra maori, o haka, é a perfeita imagem de um país vigoroso, que respeita suas origens nativas e busca o progresso em comum.

Quem passou por lá foi a sócia-proprietária da Essencial Calçados, Tatiane de Souza Pinto.

Fale, Tatiane!

Atualmente, estou morando na Austrália (há 8 meses), onde meu namorado já estava vivendo há alguns meses, para estudar inglês; então, resolvi passar um tempo aqui e estudar inglês, também, e em meio a esse tempo planejamos fazer uma viajem para a Nova Zelândia, onde seria uma grande aventura.

Nossa primeira cidade para começar a nossa viagem, na Nova Zelândia, foi Auckland, localizada no lado norte da ilha, pois tenho uma amiga aí de Socorro mesmo, que mora lá, há 6 anos, e tive o prazer de reencontrá-la. De Auckland demos o start da nossa grande aventura, e não sabíamos o quanto isto seria emocionante.  Alugamos uma “CampVan”, um carro com o qual podíamos percorrer os dois lados da Ilha da Nova Zelândia e tínhamos cama para dormir, frigobar e fogão para cozinhar, o essencial para fazer todo o percurso que planejamos e foi aí que começou a melhor viagem da minha vida…

Com estradas perfeitas e as mais belas paisagens, conhecemos cidades lindas e aconchegantes na Ilha Norte; vou citar as que mais me chamaram a atenção:

Whitianga, com belas praias, uma delas chamada Hot Water Beach, aonde alugamos uma pá e, na proximidade de algumas rochas, na areia da praia, podíamos cavar e formar uma piscina de água quente; isso acontece pela quantidade de vulcões existentes na Nova Zelândia. Ali também se localiza a Cathedral Cove, uma trilha que leva a uma das mais belas paisagens e que foi cenário do filme Nárnia.

Matamata, uma pequena cidadezinha, o cenário de um grande filme, “O Senhor dos Anéis”, onde tivemos a sensação incrível de poder ter conhecido o set de filmagem dessa trilogia.

Rotorua, uma cidade cujo centro tem o cheiro muito forte de enxofre, pois ali se concentra uma quantidade de águas ferventes de vulcões; visitamos um vale vulcânico chamado Waimangu, e tivemos a experiência incrível de estar praticamente dentro de um vulcão.

Taupo, uma cidade que se localiza em volta de um lago que leva seu nome, o Lake Taupo, com a água que chega a ser mais azul do que a cor do céu.

Whakapapa Village, uma vila onde se encontra uma estação de esqui e onde tivemos a oportunidade, pela primeira vez, de conhecer a neve; uma sensação incrível e inesquecível, pois não são simples montanhas que se escondiam por baixo de tanta neve; ali também existem ainda alguns vulcões adormecidos e essa foi uma das partes mais marcantes da minha viagem. Por fim, chegamos a Wellington e, por 4 horas a bordo de uma balsa, pudemos chegar ao lado Sul da ilha.

Na ilha sul passamos por lindas cidades, algumas históricas, como Nelson, Ross, Franz Josef Glacier, Wanaka, até chegar à mais bela de todas, Queenstown, onde estão os pubs mais inusitados e temáticos que já vi, como o “Bar do Cowboy”, no qual, na entrada, a gente se depara com um enorme urso empalhado e, no interior do bar, muitas cabeças de touros e alces também empalhados; o “Below Zero”, que é um bar feito totalmente de gelo: paredes, mesas, cadeiras e até mesmo o copo em que eles servem os drinks: a temperatura, no seu interior, é de -5 graus, por isso é necessário usar roupas especiais, por causa da baixa temperatura.

Depois, partimos para o Lake Pukaki, o maior e mais belo lago de água azul que vimos, em todo o nosso percurso; em uma parte dele pudemos conhecer uma fazenda de salmão, o peixe mais comum que se encontra nesses lagos.

Daí, partimos para Christchurch, uma cidade grande que, por causa de dois terremotos, um em 2011 e outro em 2012, destruiu o centro da cidade e a perspectiva de reconstruí-la é de cerca de 40 anos; mas ali ainda encontramos um museu rico em sua história, um magnífico museu da aviação, com réplicas de aviões usados pela força aérea do país e também jardins botânicos lindos.

Em relação à gastronomia, a comida típica deles é carne de carneiro ou cervo com vegetais e Fish & Chips que, como o nome diz, é peixe com batata frita; ficamos assustados, pois às vezes servem o Fish & Chips embrulhado no jornal, e isto é um costume deles, pois dizem que ajuda a manter a temperatura da fritura até chegar em casa, para comer.

A Nova Zelândia, além de ser linda, com paisagens magníficas, ótimas estradas, tem um ótimo suporte para quem quer fazer uma viagem como a que fizemos, de “campvan”, pois em muitas cidades tem lugares apropriados para estacionar e passar a noite; em todos os lugares há ótimos banheiros públicos (limpos, com papel higiê-nico, sabonete para mãos), e sem contar que, por onde passávamos e falávamos que éramos brasileiros, todos nos tratavam muito bem: brasileiro é sempre bem-vindo em todo lugar.

Essa viagem nós fizemos em 26 dias, passando por várias cidades, e percorremos 2.643 km. Vale a pena conhecer! Nós recomendamos!

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