Hoje: Padova  

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O grupo de peregrinos de Socorro parte da Terra Santa, para conhecer lugares sagrados na Itália, e quem nos fala de Padova, o primeiro local visitado, é Maria Helena Calafiori, que destaca: “Nós, os peregrinos da Terra Santa, vivemos Jesus desde o seu nascimento até Sua Ressurreição, sempre acompanhados por Maria e José, em Israel, e dali saímos em direção à Itália, para caminhar com o cristianismo florescente na Europa, fortalecido, com Jesus mais conhecido e Sua Boa Nova difundida, por intermédio de homens e mulheres que largaram tudo por amor a Deus”. Foi na cidade de Padova que Santo Antônio de Pádua viveu, nos últimos anos de sua vida.

Fale, Maria Helena!

A primeira cidade que visitamos, na Itália, foi Padova que, atualmente, tem 900.000 habitantes, é a capital da província com o mesmo nome e pertence à região do Veneto (está mais ou menos a 40 km de Veneza). É uma das cidades mais antigas da região e foi dominada por troianos, romanos, bárbaros, bizantinos, venezianos e austríacos, até a unificação da Itália, no século XIX. Ali se encontra uma das mais antigas universidades da Europa, a qual teve como professores, Galileu Galilei e Copérnico.

Em Padova encontramos, também, a Prato della Valle, que é considerada uma das maiores praças da Europa (perde só para a Praça Vermelha em Moscou) e é a maior da Itália. Lá costumam ocorrer eventos ao ar livre, feiras e é considerado um ponto de encontro para os moradores de Pádua. A área onde está essa praça era, inicialmente, um terreno pantanoso que ficava fora da muralha da cidade e já foi um teatro romano, pertenceu a um mosteiro, foi arena de jogos esportivos  mercado ao ar livre e até palco de festas e sermões. O local sofria com inundações, até 1775, quando o governo da época adquiriu o terreno do mosteiro e contratou o arquiteto Andrea Memmo, que projetou a atual praça e solucionou o problema do solo.

A nossa peregrinação nos levou a conhecer o local onde viveu Santo Antônio de Pádua, como é conhecido pelos brasileiros. Entre os homens que viveram o Evangelho com intensidade, principalmente em um período conturbado da Igreja, estava Santo Antônio. Ele nasceu em Lisboa, em 1195, com o nome de Fernando Martim de Bulhom. Naquele país, fez parte da Congregação de Santo Agostinho, mas, impelido pela perfeição cristã, pediu para pregar no Marrocos, onde adoeceu e retornou para a Itália, entrando, então, para a Ordem Franciscana, quando conheceu São Francisco, em 1221.

Os superiores da ordem o destinaram à pregação, pois demonstrava grande eloquência, trazendo novamente, para a Igreja, pessoas que dela haviam se separado. Nos sermões, Santo Antonio falava sobre a oração como uma relação de amor e fazia o homem conversar com Deus. Assim ele viveu, próximo a Padova, e morreu no dia 13 de junho de 1231, nas portas dessa cidade, e seu túmulo foi feito em uma igrejinha, que era seu local de oração.

Nesse lugar foi construída a atual catedral, por volta de 1232 e, ao fazerem a exumação de seu corpo, encontraram intactos sua língua, que se conservava rosada, as cordas vocais e o maxilar inferior. Essas relíquias se conservam na igreja, em um lugar especial, podendo ser visitadas.

Outras igrejas importantes também são encontradas na cidade, como de Santa Giustina – do século XII, e de Santa Maria Assunta – do ano 313.

Em nossa peregrinação, tivemos a felicidade de participar da Santa Missa presidida pelo padre Vicente, na Catedral de Santo Antonio e fomos abençoados, no final da celebração, com duas relíquias: um pedaço do osso de Santo Antônio e um pedaço da toalha que abriga a sua língua.

A visita a Padova foi emocionante para todos, mas, principalmente, para os devotos de Santo Antonio e os descendentes dos italianos, vindos da região do Veneto e mesmo de Padova. Para quem viajar à Itália, vale a pena conhecer!

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