Hoje: Pyongyang (Coreia do Norte)  

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Pyongyang é a capital e maior cidade da República Popular Democrática da Coreia, mais conhecida como Coreia do Norte, situada às margens do rio Taedong. Tem cerca de 3,3 milhões de habitantes e é o principal centro industrial do país.

De acordo com a lenda,  Pyongyang foi fundada em 1122 a.C., sendo considerada a mais antiga cidade da Coreia. Em 108 a.C., a dinastia Han chinesa estacionou tropas perto da cidade, que continuou controlada pela China por 400 anos. Foi ocupada pelo Japão entre 1905 e 1945.

Pyongyang foi totalmente destruída durante a Segunda Guerra Mundial e, também, na Guerra da Coreia; foi redesenhada e projetada com largas avenidas, imponentes monumentos e edifícios. A mais alta estrutura da cidade é o inacabado Ryugyŏng Hotel, com 330 metros de altura (1.083 pés), com 105 andares, numa área de 361.000 m², e foi planejado para ser complementado por sete restaurantes giratórios.

Alguns notáveis monumentos da cidade incluem o Kumsusan Memorial Palace, o “Arco do Triunfo”, a Torre Juche, uma estrutura de 170 metros de altura, erguida para comemorar o 70º aniversário de Kim Il-Sung e o Estádio Primeiro de Maio Rungrado, considerado o maior estádio do mundo. Outras atrações na capital norte-coreana incluem o Zoológico Central e as grandes estátuas de bronze, em homenagem aos dois líderes comunistas da Coreia do Norte (Grande Monumento da Colina Mansu). O Arco da Reunificação tem um mapa da Coreia unida, feito de concreto, apoiado por duas mulheres vestidas com um tradicional vestido coreano.

Quem esteve por lá foi o artista plástico Thiago Faria, que nos conta um pouco sobre sua visita à capital coreana. 

Fale, Thiago!

Conheci Pyongyang, a capital da Coreia do Norte, a passeio, em 2013, quando fui convidado pelo embaixador do Brasil, pois o país não é muito aberto a estrangeiros; normalmente, celulares são retidos no próprio aeroporto, mas consegui entrar com meu aparelho. A cidade é muito organizada e limpa, mas bem simples, com a maioria dos prédios iguais, pois vive em regime comunista. As praças e parques públicos impressionam pela imponência, monumentos enormes enfeitam e enaltecem o regime comunista liderado pelo Kim Jong Un , chamado pelo povo de “O grande líder”.

O Turismo só é permitido na capital; fui impossibilitado de ir ao litoral, e sempre acompanhado de um motorista do governo local, que falava português, uma maneira de controlar o que poderíamos ver, e sempre sem qualquer contato com a população local, regra essa que eu sempre desrespeitava, pois adorava interagir com o povo, nas ruas. Todos vestiam a mesma roupa, um tipo de uniforme militar, nas cores cinza ou caqui, sempre de calças, homens e mulheres. Olhavam muito para mim, por usar bermudas e roupas coloridas; as crianças chegavam a me tocar e sair correndo, para ver se eu era de verdade. As lojas em que fui eram somente para turistas, pois não era permitido frequentar o comércio e restaurantes locais, todos de propriedade do governo.

Fui a um restaurante típico, mas não tive coragem de provar a iguaria local, carne de cachorro; provei um tipo de cozido de frango mesmo, mas a culinária não é o forte do país. Fui ao famoso show Ariran, um espetáculo comunista sobre a história da Coreia do Norte, encenado pela população, em um grande e suntuoso estádio; no show, participam mais de 30 mil pessoas.

Conheci o museu da Guerra da Libertação da Pátria, que fala sobre a separação das Coreias, bem interessante e moderno, e também o Museu Nacional , que fala sobre a antiga coreia e seus impérios.

Mas o que mais me impressionou foi, sem dúvida, o Palácio imperial de Kumsusan, um  tipo de mausoléu moderno, onde se encontram embalsamados os dois grande lideres; são salas enormes, que guardam objetos, carros, barcos, vagões de trem usados pelos líderes, deixando qualquer faraó egípcio com inveja. Irônico, em um país onde as pessoas não têm acesso à televisão, internet, nem bens materiais, uma pirâmide moderna, regada a tecnologia e luxo.

Bem, essa foi a experiência mais diferente que passei em viagens, nunca imaginei em ir à Coreia do Norte, mas valeu muito a pena, um lugar único no mundo.

 

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