Hoje: Redenção

Leitura obrigatória

A cidade de Redenção, no Pará, foi fundada em 1972 em pleno regime militar e foi emancipada pela lei estadual assinada em 13 de maio de 1982, pelo então governador Alacid da Silva Nunes. O município foi desbravado basicamente por mineiros, paranaenses e goianos; há, no entanto, povos de quase todos os estados da Federação, sendo, ainda marcante, a presença dos índios de várias aldeias Caiapós. Sua área é de 3823,787 km² e sua população é de 77415 habitantes (censo de 2012).

O clima do município é do tipo equatorial. Possui temperatura média anual de 32,35°C, apresentando temperaturas máximas em torno de 37,01°C e mínima de 22,71°C. Para falar desse cantinho do Brasil e suas prais fluviais, convidamos Ivone Pelatieri, que para lá viajou com as irmãs, a filha e amigos em julho de 2012.

Fale, Ivone!
Sul do Pará… Uma região fascinante, zona de transição entre o cerrado e a floresta amazônica.

Partimos de carro numa aventura a esta região, em julho de 2012. Enquanto estávamos no estado de São Paulo, as estradas eram boas, apesar de caras (muitos pedágios!). Ao entrarmos em Minas, já sentimos a diferença: não havia mais pedágios, mas as estradas… A medida que avançávamos rumo a Goiás, era aquela aventura: paisagens lindas, vegetação de cerrado, serras em forma de mesa, animais cruzando a estrada…

Na Belém-Brasília, muitos caminhões, um trânsito pesado, mas passamos por várias cidades pitorescas e pernoitamos em duas delas; encontramos curiosidades pelo caminho, como uma feira onde se vendiam panelas artesanais, feitas de vários materiais. Rodamos 2.400 km até Redenção. Quando cruzamos o Rio Araguaia e entramos no Pará, vimos aldeia de índios (Caiapós), vimos lugares incríveis, muita água, mas como tudo tem dois lados, quase morremos de medo ao passarmos nas pontes, quase todas em estado lastimável.

Ao chegar a Redenção, tivemos uma surpresa! Uma cidade grande, com ruas largas, praças bem cuidadas, prédios, uma vida noturna agitada, com diversos restaurantes e barzinhos simpáticos, com música ao vivo. Na cidade existe o frigorífico JBS e a economia é praticamente baseada na pecuária, só agora está se iniciando a agricultura de soja e milho.

Tem uma feira, uma espécie de mercadão, onde se vende de tudo: lá pudemos conhecer muito da culinária local, até trouxemos vários tipos de farinha e de doces. Conhecemos o artesanato, onde são aproveitados materiais retirados da floresta. Comemos caju e cacau, que nós mesmos apanhávamos das árvores da chácara onde mora minha irmã Ivania (foi para visitá-la que fizemos esta aventura).

De Redenção pode-se ir às várias praias fluviais que existem nesta época do ano. O Araguaia fica lindo, cheio delas! Em Conceição do Araguaia fica a praia mais famosa. A moçada curte muito, vem gente de todo lado para participar do Carna Araguaia, que é uma espécie de Micareta. Em Santana do Araguaia nós pudemos apreciar uma boa pescaria (tem muito peixe!) e também nadamos no Araguaia.

Para quem gosta de natureza e aprecia uma aventura e uma pescaria, aconselho este passeio. Quero deixar aqui o meu apelo às autoridades federais, para que voltem seus olhares e atenção a esse pedaço do Brasil, que é tão lindo, tem tanto a oferecer, mas está totalmente abandonado.

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