Hoje: Salamanca/Espanha

Leitura obrigatória

Inês Barghini Martins (Inesita) continua a nos contar, nesta semana, sobre outra cidade visitada pelo grupo de peregrinos e, desta vez, foi um passeio sem o intuito religioso das demais cidades, mas que valeu pelo grande conhecimento cultural de um dos locais mais antigos do mundo: Salamanca.

A história de Salamanca teve sua origem numa aldeia assentada na colina de São Vicente sobre o rio Tormes. Isto aconteceu há 2.700 anos, durante a Primeira Idade do Ferro. Foi só no final do século XI, que o conde francês Raimundo de Borgonha, genro do rei Afonso IV, repovoou Salamanca com um reduzido grupo de pessoas, no qual predominavam francos e galegos. Dessa repovoação medieval foram assentadas as bases de uma cidade que, após oito séculos acumulando arte e sabedoria se tornou, graças sobretudo a seu caráter universitário, numa das capitais com maior tradição cultural e esplendor monumental de todo o continente europeu.

Fale, Inesita!

Saindo de Ávila, abençoados por Santa Teresa, partimos rumo a Salamanca, que faz parte da comunidade de Castela y Leon, sendo uma das cidades mais ricas em monumentos da Idade Média, do Renascimento e das épocas Barroca e Neoclássica; rica, também, em arquitetura, religião e cultura gastronômica. Foi escolhida como Capital Europeia da Cultura, em 2002.

Ficamos maravilhados com a Casa das Conchas, famosa pela sua fachada decorada com conchas, onde hoje funciona a Biblioteca Pública. Conhecemos, também, uma das principais universidades da Espanha e a mais antiga do país, fundada em 1218 e nos divertimos procurando a rã que traz sorte nas esculturas da fachada; vimos, ainda, o Pátio das Escolas. A Plaza Mayor, construída em 1729, considerada a mais bonita de toda a Espanha, onde ficam vários cafés e restaurantes, é o local em que as pessoas se reúnem para conversar e passar o tempo, e onde pudemos provar o típico presunto (jamón) ibérico.

Salamanca é uma das poucas cidades do mundo com duas catedrais: a Velha, cuja construção teve início no século XII, prosseguindo até o século XIV, e a Nova, construída entre os séculos XVI e XVIII em dois estilos – gótico tardio e barroco. Uma curiosidade a respeito da catedral nova é que aparecem, na decoração da fachada, alguns elementos estranhos à época, entre eles um astronauta, e a explicação é que, a cada período de tempo, ela é restaurada e o arquiteto responsável tem direito a deixar uma “marca própria”, que são esses detalhes “modernos”.

Foi tudo emocionante de ver e sentir. E quero aproveitar para agradecer ao padre Vicente, organizador desta tão abençoada peregrinação, ao guia Cleiton e a todos os que nos acompanharam nesta viagem em que aprendemos muito e tivemos a oportunidade de momentos de diálogo mais íntimo com o Pai, e de rezar pelas necessidades de toda a humanidade. Que a amizade deste grupo/família mantenha sempre acesa a chama da união, pois nenhum de nós sozinho é melhor que todos nós juntos.

 

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