Segóvia é um município da Espanha na província de Segóvia, comunidade autônoma de Castela e Leão. A cidade foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 1985.
Para falar dessa cidade milenar, convidamos Marcos José Lomonico, que lá esteve durante sua viagem à Espanha e outros países da Europa.
Fale, Marcos!
Viajamos de Madrid, eu e Léa Casagrande, em trajeto efetuado de ônibus por cerca de 1 hora. Logo que chegamos sentimos que ia ser um dia de muitas surpresas, pois a cidade era encantadora. Como destaque, não podemos deixar de falar sobre o aqueduto, construído à época do domínio romano sobre a cidade. O castelo do reino de Alcázar não apresenta salas esplendorosas como de outros castelos, mas percebe-se que sua localização, sobre a maior colina na região tinha, sobretudo, a intenção de ser seguro contra invasões de povos inimigos.
O centro histórico apresenta um piso e equipamentos urbanos muito bem conservados além de demonstrarem a riqueza do reino, à época. Também não podemos esquecer-nos da catedral que é muito alta, mas que em seu interior parecia um freezer, de tão fria. Andar por suas ruas é fazer uma viagem pelo tempo, e é preciso descrever um pouco do que vimos.
A Catedral de Santa Maria de Segóvia é conhecida, também, como a Dama das Catedrais, por causa de suas dimensões e elegância; é uma das catedrais góticas do passado da Espanha e da Europa, construída no século XVI (1525-1577), quando a maioria da Europa dominou a arquitetura do “renascimento”. É composta por três cúpulas góticas, que atingem 33 metros de altura, 50 de largura e 105 de comprimento; a maior delas concluída por Pedro de Brizuela, no século XVII. Ali você se sente pequeno, pois tudo é grandioso e esta é uma visita obrigatória.
Outra visita imperdível é o palácio Alcázar, fortificado em pedra e localizado na cidade velha de Segóvia, erguido em posição dominante sobre um penhasco rochoso e é um dos mais distintos castelos-palácios da Espanha, por causa de sua forma – como a proa de um navio. O Alcázar foi inicialmente construído como uma fortaleza, mas serviu, desde então, como palácio Real, prisão do Estado, Colégio Real de Artilharia e academia militar. Em 1931, o edifício foi declarado monumento histórico artístico e, entre as salas mais notáveis encontram-se a Galeria dos Ajimeces, com muitas obras de arte, a Sala do Trono e a Galeria dos Reis, com um friso representando todos os Reis e Rainhas espanhóis, desde Pelágio das Astúrias até Joana, a Louca. Não deixe de conhecer este monumento incrível!
E falando em palácios, é obrigatório, também, conhecer o Palácio Real de Riofrio, uma das residências da família real espanhola, administrado pelo Patrimônio Nacional de Espanha, que administra os bens do estado a serviço da Coroa. Trata-se de um bosque, no município de Santo Ildefonso, a 11 km de Segóvia. O palácio é em estilo italiano, com um quadrado e três andares, à imagem e semelhança ao Palácio Real de Madrid. É incrível passear por seu pátio, escadarias, capela e conhecer sua coleção de pinturas, tapeçarias e mobiliário. É cercado por um grande bosque de 625 hectares, habitado por cervos e veados, entre outros animais nativos. Se você tiver sorte, poderá ver muitos desses animais, andando pelo local. Não perca esse passeio!
E, claro, não é possível deixar de falar do aqueduto de Segóvia, a marca registrada da cidade. Ele foi construído durante os séculos I e II d.C., no governo dos imperadores romanos Vespasiano e Trajano. A parte restante do aqueduto tem 29 metros de altura, 728 metros de longitude total, 167 arcos e foram empregados cerca de 35.000 blocos de granito. Parte do aqueduto foi derrubada em 1072, mas os reis católicos, no século XV, promoveram a restauração da obra.
Se você for à Espanha, a visita a Segóvia é um passeio imperdível.