Hoje: Suíça

Leitura obrigatória

No dia 30 de julho realizou-se a reunião ordinária do RC de Socorro, tendo como tema a Paz Mundial. Por feliz coincidência, aconteceu a apresentação da intercambista socorrense Sofia de Araújo Mendonça, recém-chegada da Suíça, país conhecido por sua neutralidade nos grandes conflitos.

Presentes à reunião, além dos companheiros do RC, estiveram os interactianos, os pais da Sofia (Fernanda e Jeferson), sua avó Gladys (nossa sócia honorária), a irmã Catarina, a amiga Valéria, o intercambista Lucas, a pretendente ao intercâmbio Mylena Zanesco e seu pai Reinaldo, e o presidente do RC de Águas de Lindóia, Flávio Silva e esposa Vivian.

Sofia realizou seu intercâmbio na Suíça, também conhecida como Confederação Helvética (CH), cuja população é de origem helvética/alemã (primeiros povos), francesa, italiana e romena. É uma república federativa formada por 26 cantões independentes e diferentes entre si. Tem uma população de 8 milhões de habitantes e seu território é 226 vezes menor que o Brasil. Sua moeda é o franco e ela é um grande centro financeiro, sendo sede da ONU e do FMI. Sua capital é Berna.

Durante seu intercâmbio, Sofia morou em duas cidades: a primeira, UNTERSIGAGENTHAL, com 10.000 habitantes, onde sua escola ficava num antigo mosteiro e, a segunda, FREIENWILL, com apenas 900 habitantes. Graças ao transporte público gratuito e de excelente qualidade, Sofia conheceu os 26 cantões.

O idioma predominante é o suíço/alemão, mas, no limite com a França, fala-se também o francês; no limite com a Itália, fala-se também o italiano e, no limite com a Romênia, fala-se também o romeno. Sofia aprendeu a falar o suíço/alemão com seus “irmãos” menores, das famílias que a receberam.

Na Suíça tudo é muito caro, mas funciona com precisão. O ensino é público e gratuito, com escolas, em todos os níveis, muito bem equipadas. Além do currículo tradicional, são oferecidas atividades alternativas, tais como: estudo de línguas, música (instrumental e canto), artes plásticas, dança, hóquei, patinação, participar de escavações em sítios arqueológicos, visitas a museus, realizar acampamentos etc. Sofia aprendeu a esquiar e aperfeiçoou sua patinação com seus “pais” e “irmãos”. Além disso, no 1º ano do Ensino Médio há uma semana de “prendas domésticas”, durante a qual meninos e meninas aprendem a cozinhar, lavar, passar, costurar, limpar etc.

Na Suíça, as escolas particulares pagas são para crianças e /ou jovens com necessidades especiais, muito bem montadas, ou para os muito ricos, as quais são verdadeiras “ilhas” de luxo, mas não diferem das públicas, quanto à excelência do ensino.

Uma das instituições mais respeitadas da Suíça é o exército e, por isso, Sofia foi com sua escola, visitar um Centro de Treinamento e também conheceu um esconderijo subterrâneo, preparado para refúgio da população, em caso de ameaça atômica, onde poderiam permanecer por um longo tempo.

No País não existem pobres no sentido como os conhecemos, pois todos os cidadãos dispõem dos serviços básicos (saúde, moradia, educação, transporte etc.) de boa qualidade. A única diferença entre a maioria da população e uma pequena minoria é que estes não têm condições de viajar de avião e conhecer outras partes do mundo.

Para o uso dos recursos da saúde, todos possuem plano de saúde e o governo cuida das instalações e equipamentos, que são do mais alto nível.

A gastronomia suíça tem como base a batata, os legumes, as frutas, o leite e seus derivados, os embutidos (de porco ou boi). A carne é muito cara e servida muito raramente. Para comemorar o aniversário de Sofia, seus “pais” e “irmãos” fizeram um jantar com carne. Para retribuir a gentileza, ela preparou pão de queijo e caipirinha. Também tentou fazer uma feijoada, mas teve dificuldade em achar feijão preto e, na inexistência deste, fez o prato com feijão vermelho que, junto com seu arroz branco, transformou-se numa homenagem às cores da bandeira suíça: branco e vermelho.

Os suíços têm os brasileiros em alta consideração. Na sua 2ª família, o “pai” era tocador de tambor numa banda da qual fazia parte uma brasileira. Com essa banda ele viajou para diversas partes do mundo fazendo shows, inclusive ao Brasil e gostou muito daqui.

Na Suíça, as montanhas quase nunca ficam sem neve. O Monte Toblerone nunca descongela. As cidades se desenvolvem nos vales e nas encostas das montanhas. Quando se inicia o inverno, os rebanhos descem das montanhas para os confinamentos nas vilas e cidades. Anunciando esta descida, ouve-se o toque do alphorn – espécie de grande trombeta, cujo som ecoa pelos vales.

Festas mais bonitas:

– Carnaval: realiza-se em 2 cantões: Lucerna e Basiléia. O de Basiléia é o mais bonito, realiza-se de madrugada, quando todas as luzes da cidade são apagadas. As pessoas usam fantasias e máscaras, carregam lanternas, tocam flautas e acompanham, dançando e cantando, um desfile de carros alegóricos. Quando amanhece o dia, tudo acaba com a oferta de uma sopa típica, às 8 horas, e todos voltam para casa e para a vida normal. Estes carnavais atraem milhares de turistas.

– Natal: para os suíços quem traz presentes é o Menino Jesus. Não apenas um presente, mas, um presente por dia, até o dia 25 de dezembro. No dia 6 de dezembro eles comemoram o Santa Klaus, quando ganham nozes e chocolates. Preparando o Natal, enfeitam as casas com pinheiros naturais escolhidos na floresta pelas famílias e enfeitados com biscoitos de marzipã e velas, que são acesas na noite de 24 para 25 de dezembro.

– Páscoa: cozinham e pintam os ovos, que são consumidos na manhã de Páscoa, assim como coelhos de chocolate. Enfeitam as casas com galhos secos de pinheiros, enfeitados com ovos ocos, também ornamentados.

– Em Zurich, no final do inverno (março), como manda a tradição, ergue-se na praça mais antiga, uma altíssima pilha de feno e madeira, tendo no alto uma imitação do boneco de neve. As pessoas se vestem com trajes medievais, dançando e cantando. Alguns cavaleiros, portando archotes, cavalgam em torno desta pilha, incendiando-a, finalmente. Se a pilha queimar rapidamente, significa que o verão será bom, que a colheita será farta e haverá prosperidade.

Além de percorrer toda Suíça, Sofia visitou a Alemanha, a França, a Itália, a Holanda, o principado de Lichenstein, a Áustria e a Hungria. Todas estas viagens, Sofia fez com suas famílias hospedeiras ou com outros intercambistas. Eram 120 intercambistas vivendo na Suíça, dos quais 11 eram brasileiros!

Ela voltou para Socorro, falando, além do inglês, o alemão, o suíço e o francês.

Para ilustrar sua apresentação, Sofia serviu batata rösti e racletes e, de sobremesa, chocolates suíços. Uma delícia! Ela agradeceu ao RC e aos responsáveis pelo intercâmbio, pela fantástica oportunidade e disse que a maior lição que tirou para sua vida foi: “Posso fazer muitas coisas sozinha e ser bem sucedida” e “Vencer obstáculos e compartilhar sucessos”. Esta observação revela um espírito de iniciativa, característica da formação de novos líderes, que é o principal objetivo a ser atingido pelo intercâmbio. Também considerou fundamental o aumento de sua família com suas novas “mães”, novos “pais” e novos “irmãos”, todos muito queridos.

Sofia revelou-se uma excelente embaixatriz brasileira, orgulho para nossa cidade. A ela damos os parabéns e desejamos muito sucesso, sempre!

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