Nesta série de depoimentos dos peregrinos que viajaram à Terra Santa, em Israel, nesta semana, quem nos fala das emoções sentidas durante a viagem, é o casal Cecília e Nadir do Carmo Leme, que destacam o que vivenciaram no 6º dia da viagem.
Falem, Cecília e Nadir!
É difícil falar de tudo que vimos e sentimos, durante essa viagem! Pela manhã desse dia 18 de outubro visitamos, em Belém a Basílica da Natividade, que marca o lugar do nascimento de Jesus que, embora grandiosa, tem até hoje a sua porta reduzida. Ali pudemos sentir a grande emoção de nos aproximarmos do local de nascimento do filho de Deus; no chão do altar Mor há uma estrela de prata, com os dizeres: “Aqui da virgem Maria nasceu Jesus”. Não tem como contar o que sentimos, naquele momento. Ao lado da Basílica da Natividade fica a Igreja de Santa Catarina, e é nela que se celebra a missa de Natal, por ser muito pequeno o recinto da gruta.
Continuamos nossa caminhada e visitamos a Gruta do Leite onde, conforme é contado, enquanto a Virgem Mãe estava amamentando Jesus, uma gota de seu leite caiu no chão e, milagrosamente, tornou brancas as paredes da gruta. Segundo a tradição, esse local foi usado pela sagrada família como um refúgio, antes de fugirem para o Egito.
Em seguida, visitamos o Campo dos Pastores; foi comovente contemplar esse lugar, onde foi dito por um anjo: “Não temais, pois aqui estou para vos anunciar uma grande alegria que será de todo povo. É que vos nasceu hoje na cidade de Davi o Salvador que é Jesus Cristo”.
Depois dessa visita, tivemos a celebração da Santa Missa na Igreja de Santa Catarina, que foi construída no século XII, na época das cruzadas e do Reino de Jerusalém, que controlou boa parte da Palestina. Em algum momento no século XV foi construída uma pequena capela que tinha espaço para abrigar poucas pessoas. Já no ano de 1882, a capela foi substituída por uma nova igreja, com estilo neogótico, adjacente à igreja de Justiniano, do século VI.
Visitamos, também, a Basílica de São Jerônimo, que foi um homem de grande cultura, doutor nas Sagradas Escrituras, teólogo, escritor, filósofo, historiador. Foi ele quem traduziu a Bíblia, pela primeira vez, do hebraico e grego para o latim, a língua falada pelo povo. Sua tradução foi chamada de Vulgata, ou seja, popular.
Após a missa voltamos a Jerusalém e visitamos Monte Sião, onde se encontra a Basílica da Dormição, que foi construída no ano de 1.100 pelos cruzados, e que foi destruída pelos muçulmanos. Em 1910, os padres beneditinos construíram a igreja atual e, ao seu centro, há uma estátua de marfim e madeira entalhada, de Maria adormecida. É muito linda, e vale a pena ser visitada.
Outra emoção foi a visita ao Cenáculo, local da última ceia de Jesus. Segundo a tradição cristã, o Cenáculo (do latim cena que significa jantar) foi o local escolhido para realizar aquela que seria conhecida pela história como a “Última Ceia”, junto com seus discípulos. Em seguida, encerramos o dia com a visita à Igreja de São Pedro In Gallicantu, local muito bonito, sobre a encosta leste do Monte Sião e construí-da em 1931, pelos padres Agostinhos da Assunção, para relembrar a tripla rejeição de Pedro a Jesus e, em seguida, o seu remorso. No pátio da igreja existe um conjunto de estátuas em bronze, que mostra a cena na qual Pedro diz a uma empregada que não conhece Jesus; no alto, o galo está cantando.
Para nós, foi uma viagem abençoada, pisar nos locais que Jesus pisou, viver in loco sua história, passando por paisagens diferentes e lindos locais. Nosso grupo ficou sendo uma família, e nas celebrações realizadas pelo padre Vicente, nós fomos fortalecidos pelo evangelho, refletindo ao vivo, com cenas acontecidas nos locais onde estávamos. Foi uma viagem que vai ficar para sempre em nosso coração! Vale a pena conhecer!