Tivoli é uma comuna italiana da região do Lácio, província de Roma, com cerca de 46.364 habitantes. Estende-se por uma área de 68 km². Segundo antigas lendas, a cidade teria sido fundada por sobreviventes da Guerra de Troia, que lhe deram o nome de Tibur. Posteriormente, o nome da cidade mudou para Tibori e depois para Tivoli, porém, até hoje, os habitantes da cidade ainda são chamados de Tiburtini.
Para falar dessa linda e pitoresca cidade, convidamos Maria Jurema Ferraz do Carmo Calafiori, que lá esteve em setembro de 2013, durante uma viagem de turismo religioso, com um grupo de catequistas de Socorro, e que encerra a série de reportagens sobre os locais por elas visitados.
Fale, Jurema!
Viajar, para mim, é um dos grandes prazeres da vida, me faz sentir viva, recarrego as baterias e resgato meu espírito de liberdade. A novidade me traz paisagens, pessoas e visões do mundo. Gosto muito disso. Conheci lugares lindos, lugares santos, famosos, tomei excelentes vinhos italianos, fiz uma viagem maravilhosa, abençoada.
E… camminando nella storia dell’ Italia, conheci Tivoli, cidade das águas, da qual nunca tinha ouvido falar. Deus me proporcionou a oportunidade de conhecê-la e me encantei de imediato com ela.
Quando lá cheguei, admirei sua localização, sobre as lindas encostas de uma colina, na região do Lazio, a 30 km de Roma, que proporciona uma visão ampla da planície romana.
Uma visão panorâmica! Tivoli é atravessada pelo rio Aniene e desde os tempos antigos o local sempre foi apreciado pela abundância das águas que desciam das cachoeiras.
Acima das quedas havia dois templos: um dedicado à Vesta, a deusa do fogo sagrado e protetora dos lares, que os gregos chamavam de Héstia. O outro, era dedicado à Sibila de Tibur, uma ninfa das águas, que era adorada nas margens do rio. Esse rio propiciou a construção da 1ª usina hidrelétrica da Itália e Tivoli tornou-se a 1ª cidade italiana a ter iluminação elétrica, em 1886.
Na idade média, encomendado pelo Cardeal Ippólito II d’Este, filho de Afonso I d’Este e Lucrécia Borgia, foi construído um fabuloso jardim sobre os penhascos, dando origem à Villa d’Este, uma obra-prima, com extraordinária concentração de fontes, ninfas, grutas, jogos de água e música, tendo servido de modelo para outros jardins europeus.
O interior dela é um cenário palaciano, decorado com belos afrescos de pintores famosos. Possui inúmeros quartos, salas, capelas, todos com as paredes pintadas, retratando cenas típicas da época: animais, caçadas, bailes…
Tudo isso com acesso a um fabuloso jardim, num ambiente natural, entre formações calcáreas, cavernas, vestígios arqueológicos, inclusive das deusas que mencionei. Um jardim luxuriante, muito verde, com árvores centenárias, altíssimas, ciprestes, estátuas de mármore, canais, lagos, fontes… Charmosíssimo!
O conjunto dos jardins da Villa d’Este, ocupa uma área de 3500 m², com 255 cascatas, 50 fontes, 500 jatos de água, 60 piscinas, distribuídos maravilhosamente num cenário de sonhos.
Hoje, Villa d’Este é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO. Fiquei encantada com as fontes. Entre tantas, as mais famosas são: As Cem Fontes, Fontana di Rometta (a pequena Roma), a Fonte da Grande Taça. Uma que todos nós achamos a mais bela: Fontana dell’ Organo. Ela utiliza a água para pressionar os tubos de um órgão hidráulico e a cada duas horas pode-se ouvir melodias. Inacreditável! Linda!
Para felicidade das pessoas que, como eu, puderam conhecer Tívoli, a Villa d’Este e seu jardim, o governo da Itália fez sucessivas restaurações, após algumas épocas de decadência e hoje está aberto ao público. Se quiserem encantar-se, passar umas horas de sonho, num lugar privilegiado, procurem conhecer a pequena e linda Tívoli, a Villa d’Este, seus jardins maravilhosos, suas fontes, cascatas e ouvir as melodias da Fontana dell’ Organo.
Conheçam, porque o essencial fica na memória. Sempre! Será uma experiência inesquecível!