Inicia-se o asfalto da estrada Socorro-Bragança

Leitura obrigatória

Na edição nº 2.233 de 3 de abril de 1965, O Município informa os leitores, sobre o início do asfaltamento da estrada Socorro-Bragança, uma obra tão aguardada pelos socorrenses.

ALGUMA COISA

Informou-nos pessoalmente o dr. Rubens Conti, que vem dirigindo, com a maior boa vontade, os trabalhos na estrada Socorro-Bragança, o início de seu asfaltamento na próxima segunda-feira.

Irá atingir-se, assim, a fase final de uma decantada obra, que para chegar a tal ponto levou nada menos de 10 anos, fato que só nos enche de vergonha, sobretudo se comparado ao que ganhou o interior todo no setor rodoviário, inclusive as cidades de toda esta redondeza.

De qualquer modo, chega-se ao fim e o momento não se presta para censuras ou recriminações, ainda mais que as jeremíadas sôbre o passado não têm o menor sentido prático. O melhor é encarar o que se deve fazer para a frente e não ficar-se aí, de braços cruzados, a comentar que o asfalto vem enfim.. é infantil e ridículo.

Se fizer-se isso, se quedar-se nas esquinas a afirmar que o melhoramento trará mais facilidade de comunicações e consequentemente maior afluxo de visitantes, ficar-se-á na estaca zero. Palavras apenas não resolvem. Porque, como recíproca dêsse maior número de turistas, virá uma pergunta obrigatória, considerando que as atuais casas hoteleiras não estão dando para as encomendas em determinadas épocas: onde hospedá-los?

Vindo mais gente de fora e não tendo onde ficar, será claro que regressarão de imediato, com a agravante de descontentes e resmungando, com razão, sôbre as deficiências encontradas.

Não é preciso ser profeta para prever o que vai suceder. Esperar que a estrada fique inteiramente pronta, aguardar as queixas e reclamações a dano do próprio título e da própria função de estância, deixar como está para ver como fica, não podem francamente constituir-se na melhor medida.

Os generais hábeis sabem o que vai acontecer numa batalha e tomam todas as providencias para não haver decepções. Calculam tudo a tempo e hora e, salvo imprevistos, seus planos só têm que coroar-se de êxito.

Aqui, a hora atual manda que alguma coisa tenha inicio já e já, para estar concluida entre um e dois anos, justamente quando o asfaltamento também terminar. Ambos deverão marchar paralamente, se é que se pretende não recair em erros e estar-se em condições de receber algumas centenas de hóspedes.

É preciso, portanto, que se faça alguma coisa, não sendo necessário dizer ao leitor esclarecido em que consiste essa ALGUMA COISA.

 

 

 

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