Jovens colocam em prática trabalho humanizado, trazendo mais adoções e conscientização sobre posse responsável de animais  

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Em novembro do ano passado, a ONG São Lázaro firmou uma parceria com a prefeitura e assumiu o Canil Municipal. Desde então, segundo a presidente, Andrea Fernandes, iniciou-se um projeto que mudou totalmente a vida dos animais que ali permaneciam.

“A ONG ficou impedida por quase dois anos de entrar no Canil Municipal, onde, até então, era aplicado o sistema de zoonose, ou seja, de recolhimento dos animais. Isto fazia com que os cães ali recolhidos não tivessem contato com outras pessoas e ficassem presos às celas, com o intuito de, segundo nos diziam, evitar contaminações. De fato, havia muitos animais doentes, mas chegamos à conclusão de que a melhor forma de tratá-los seria com o sistema de canil humanizado, ou seja, abrindo o local para visitas”, conta ela, que sempre acreditou no conceito de que este sistema seria o melhor para os cães.

E o que era apenas uma teoria, mostrou resultados, ao ser colocado em prática. Há cerca de três meses, durante uma conversa com o dr. Dércio Avesani, ele sugeriu que seus dois meninos passassem um dia no canil, convivendo com os animais, alimentando-os, passeando com eles e dando banho. Eles foram e, com a divulgação de fotos nas redes sociais, o interesse foi aumentado e os próprios jovens, com idades entre 13 e 16 anos, tomaram a frente para que, duas vezes por semana, eles possam visitar o canil para passar um dia com os animais.

ong25 lucas avesaniAndrea conta que a iniciativa deu certo e a melhora dos animais é visível. Os cachorros estão se alimentando melhor, estão mais felizes, mais mansos e o melhor, estão sendo adotados. “A mudança é evidente. Tínhamos aqui dois cães que eram muito agressivos, não podíamos nem chegar perto das celas; hoje, estão convivendo com as crianças e os demais animais. Estão bem mais calmos! Além disso, o contato físico aumenta a resistência deles, fazendo com que cada vez menos peguem doenças”, afirma ela. “Sobre a adoção, comunico com orgulho que, dos 53 animais que tínhamos no canil, hoje restam 37. A divulgação das visitas pelas redes sociais dos próprios jovens tem despertado o interesse de diversas pessoas que desejam adotar”, enfatiza ela.

ong43 ana beatriz assoni, lucas avesani, thomas oliani e odete nevesA presidente da ONG comemora os resultados e acredita que, se tudo continuar assim, o canil deve se tornar uma casa transitória, para o recolhimento dos animais que precisam ser tratados, os quais serão encaminhados, posteriormente, para a adoção. “O primeiro passo nós demos. Tiramos a imagem negativa do lugar e mostramos tudo o que é positivo, por meio desses jovens. Agora, estamos recolhendo, como doação, materiais para deixarmos o local ainda mais bonito: tinta, pincel, rolinho, vasos decorativos e até mudas para serem plantadas. Não queremos esperar um novo canil e, sim, trazer uma nova mentalidade que, com a posse responsável, ele não será mais um local de recolhimento, mas transitório. Será um local mais agradável para os nossos bichinhos esperarem seu novo dono”, ressalta.

Além dos materiais para a minirreforma, o canil precisa de outras doações, como o patê que alimenta os cães, coleiras para que todos possam passear juntos, xampu, medicamento que não são mais utilizados, vacinas etc.

Os interessados em fazer doações, ou simplesmente uma visita aos animais, podem se dirigir ao canil municipal, às quintas e domingos, das 13h às 16 horas. Andrea diz também que, com o aumento dos voluntários, pretende criar mais dois grupos monitorados para fazerem as visitas. Outras informações podem ser obtidas pelo fone 3895-6182.

 

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