Moradores reclamam de estradas ao prefeito

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Na edição nº 83, de 20 de maio de 1923 de O Município, a reclamação ao prefeito, de um morador do bairro Oratório, chama a atenção e mostra, que naquela época, quem abria as estradas no bairro, eram os moradores, à sua própria custa.

BAIRRO DO ORATORIO
O abaixo assignado, como morador a 28 annos neste Municipio e bairro como nunca se tivesse encommodado com ninguém e nem dado despeza e trabalho a quem quer que fosse, graças a Deus, tendo sido o anno passado o inspector geral de feitura de caminho, o que aliás foi muito bem feito, e em cujo serviço despendeu mais de 200$000 mil reis, aconteceu que este anno, tendo sido nomeado para a mesma incumbencia mas querendo o Snr. Prefeito que o serviço tivesse inicio na cidade e não em taihas como no anno passado, e não querendo obedecer foi multado em 50$000 reis que paguei ao pé da letra. Acontece que tendo sido um outro inspector nomeado e como a estrada ainda não esteja prompta, venho por este meio, perguntar ao Snr. Prefeito, o motivo porque não mostra a sua energia com outrem, ou sera que S.S. tem dous pesos e duas medidas?

É so o que desejava saber. Por que além da multa que paguei ficou o bairro sem ter a estrada concluida.

Soccorro, 2 de Maio de 1923

LUIZ MATIVE
Na mesma edição, o morador Valetim Montini, do bairro Serrote, reclama que gastou com a estrada e dois trechos ainda não foram feitos por outros moradores, pedindo ao prefeito “que se tem mostrado tão energico, devia fazer com que a estrada fosse feita, custasse o que custasse. Assim entendo eu, porque então os que fizeram e os que gastaram o seu rico dinheirinho, ganho com o suor de seu rosto, passariam por bobos”. Infelizmente, não temos edição com a resposta do prefeito! Se é que houve!

 

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