Mostra “Pequenas Transgressões” começa em agosto

Leitura obrigatória

Guilherme Franco xxXXGuilherme Franco é estudante de jornalismo, videomaker, pesquisador e, como ele diz, um “artista em construção”.

Ele apresentará sua Mostra “Pequenas Transgressões”, a partir do dia 6 de agosto, no Museu Municipal. Com a Mostra, o artista pretende mudar pensamentos conservadores, por meio da arte, e diz que a cidade ainda enfrenta preconceitos e julgamentos a ideais inexistentes.

Ele nasceu e viveu até os 19 anos em Socorro e agora mora em São Paulo. Já foi ator e dançarino na Cia de Dança e Teatro Róger Crivelini, Turma Lá de Casa, cantou no Coral Municipal, entre outros. Acredita na arte como um ato político e que toda pessoa é um agente de mudança com poder de deixar a vida melhor ou pior.

O que o público poderá encontrar na mostra Pequenas Transgressões?
A arte, como a maioria das coisas no mundo, é bem subjetiva e pessoal. Acredito que em Pequenas Transgressões, cada um encontrará o desconforto e brilho que está dentro de si mesmo. Poderá ver não somente o meu trabalho, mas a forma como cada um reagirá será realmente minha proposta, com esta experimentação artística. Quero levar poesia, encantamento e reflexão para todos, mas, além disso, uma cidade como Socorro requer um empurrãozinho para abrir mentes e idéias; então, quero fazer parte desse começo. “Na minha Mostra vai ter escultura, lambe, vídeo, ensaio fotográfico, participação de Dj no dia. Coisas experimentais, sensoriais, das quais o público poderá participar, interagir”, ressalta Guilherme.

Por que o nome Pequenas Transgressões e essa frase: “Rompimento de conservadorismo de uma cidade do interior”?
O nome Pequenas Transgressões surgiu ao acaso; dar nomes para coisas, para mim é algo complicado, raramente surge de primeira. Mas, refletindo sobre o trabalho e minha proposta, decidi dar esse nome para minha Mostra. ‘Pequenos’ por serem minúsculos pontapés iniciais de experimentos artísticos e ‘Transgressões’, porque acredito que no contexto em que estamos, são necessárias algumas transgressões, algumas mudanças.
“Rompimento de conservadorismo de uma cidade do interior” é porque a Mostra, para mim, será uma experimentação artística, e com ela quero romper/quebrar/desconstruir algumas ideias e preconceitos locais. Sim, Socorro é uma cidade bem conservadora; então, quero propor às pessoas , de forma pacífica e pela arte, a abrir suas cabeças para pensar em algo mais amplo e menos agressivo. Tem tanta dor, sofrimento, violência e afins no mundo, por que não vivermos aceitando, entendendo o outro, ao invés de simplesmente julgar, condenar e ficar presos em meio a ideais inexistentes e falsos de uma sociedade hipócrita?

Como surgiu a Mostra? É sua primeira exposição?
A Mostra surgiu quando ganhei a categoria Incentivo (que envolvia estilos como colagem, vídeo-arte e outros) no prêmio MAPS (Mostra de Artes Plásticas Edmur Godoy), no ano passado, e Guilherme participou com colagem, vídeo-arte e fotografia. Seu vídeo-arte “Diretora de Papel”, foi premiado em primeiro lugar, e está disponível em https://vimeo.com/157717397, para quem quiser conferir . Assim como minha amiga Raquel Silveira, fiquei em primeiro lugar na minha categoria, e tivemos direito a um mês ocupando o Museu Municipal com nossa arte.
Participei de algumas exibições em conjunto na universidade e afins, mas é minha primeira instalação sozinho. Conto com pequenos apoios de amigos e família, pois fazer arte não é fácil e não é barato. Minhas propostas iniciais eram outras, mas agora recorro à minha criatividade para fazer o que posso com meu orçamento e o espaço do Museu, que é ótimo.

O que espera da reação do público?

Eu espero que cada um se encontre, repense seus atos e veja se ficar com pensamentos retrógrados e ultrapassados,realmente é o certo. Espero que reflita sobre ser preconceituoso e sobre muitas contemporaneidades atuais. Não posso falar muito da performance, mas peço que todos participem e estejam presentes. No geral, espero mudar um pouco das pessoas que forem à abertura para conferir a Mostra e, além disso, que todos possam abrir a cabeça e ser mais felizes e sofrer menos.

Serviço
A abertura da mostra será no 06/08, às 19h, com música e performance. A visitação: de terça a sábado, das 9h às 18h, no Museu Municipal Dr. João Baptista Gomes Ferraz.

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