Mudanças agradam pelo público e Festa de Agosto termina aprovada pelos socorrenses

Leitura obrigatória

No último domingo, dia 18, aconteceu o encerramento de mais uma edição da tradicional Festa de Agosto que, neste ano, foi realizada em um formato diferente das edições anteriores, resgatando a história e levando as barracas para as ruas centrais da cidade, além do retorno da Festa do Morango para o centro, o que garantiu o público para o evento.

“Recebemos muitos elogios, tanto pelo formato, fazendo o resgate das festas de antigamente, com uma infraestrutura melhor e shows de qualidade”, afirma Acácio Zavanella, diretor do Departamento de Turismo da cidade.

Segundo o chefe da Divisão de Cultura, Tiago Faria, as noites com maior público foram a de quinta-feira, com o show do padre Juarez, após a procissão e missa campal, e no sábado, com o show do César & Paulinho. “Além disso, contamos com um bom público nos outros dias, inclusive na quarta-feira, quando as temperaturas abaixaram consideravelmente e no domingo, com a chuva. Ambos os dias, pudemos contar com a presença dos socorrenses, que não prestigiaram somente as atrações principais, mas também as atrações locais”, diz ele.

Destaque também foram as apresentações da Orquestra da Unicamp, realizada na Igreja Matriz, na quarta-feira, cedido pelo SESC, e do Conservatório de Tatuí, com duas atrações, conjunto de metais e grupo de choro.

“Este resultado positivo que tivemos é um reflexo do entrosamento da comissão da festa, que começou a se reunir logo após o carnaval, com representantes de diversos setores da sociedade, como limpeza, segurança, inclusive da igreja. Além disso, o prefeito André colaborou, apoiando todas as nossas decisões. Agradeço, também, ao secretario de Turismo, Cláudio Valverde, que ofereceu parte da infraestrutura  da festa”, agradece Acácio.

Barraqueiros comemoram, mas também reclamam do preço

Com relação às barracas, o diretor do departamento afirma que foi exigida uma padronização na estrutura e o banheiro público ficou aberto 24 horas. “Não podemos generalizar, pois nem sempre a sujeira deixada nas ruas é por causa dos ambulantes, mas, com a instalação dos sanitários (cabines) tentamos minimizar o problema com o mau cheiro”, diz ele.

Tiago também enfatiza a infraestrutura aprovada pelo Corpo de Bombeiros, no mesmo dia em que a inspeção foi feita. Os extintores estavam distribuídos de acordo com a norma exigida; além disso, as barracas das entidades trabalharam com o gás encanado e a parte elétrica embutida.

“Destaco aqui, não somente a importância da infraestrutura das barracas, que nos proporcionou uma segurança maior para trabalhar, mas também a atenção que recebemos das funcionárias da Vigilância Sanitária que, geralmente, são vistas como as ‘vilãs’ das barracas. Antes da festa, elas nos deram um curso preparatório para todas as instituições, para que todos estivessem de acordo com as normas da vigilância e não tivessem problemas durante a festa”, destaca Cássia Frattini, do Lar Dom Bosco, que completa. “Ficou um clima bom e agradável entre todos. Importante, também, foi a eficiência na limpeza do lixo, que constantemente era retirado pelos funcionários da prefeitura.. Com relação às vendas, posso dizer que superaram as nossas expectativas, conseguindo uma ararrecadação de quase R$ 68 mil reais, com a venda de mais de 8 mil lanches. Fica aqui o meu agradecimento a todos que colaboraram conosco, aos clientes que consumiram nossos lanches, aos voluntários – antigos e novos –  que sempre nos acompanham, e a Ana Maria Pares, que cedeu sua casa para o Lar, APAE e Associação São Peregrino, para a manipulação, armazenamento e montagem dos alimentos, o que proporcionou melhor condição de limpeza aos nossos produtos. Aproveito a oportunidade para convidar quem tiver interesse em ser diretor do Lar Dom Bosco, que nos procure”.

Os ambulantes, cuja maioria veio de São Paulo, também afirmaram que a mudança não interferiu na venda de seus produtos, porém, o alto preço do espaço fez com que o lucro fosse menor do que em anos anteriores. “As vendas foram muito boas, porém, por causa do alto valor do espaço cobrado, acabou não sobrando muito. Com este aumento, acredito que poderia ser proporcionada uma estrutura melhor para nós, como banho, por exemplo. O único lugar que podíamos tomar banho, era um bar próximo, o qual cobrava R$ 5 para podermos nos limpar”, afirma José Samuel, vendedor de camisetas.

Cícero Félix, de uma barraca de roupas, conta que em outra cidade chegou a pagar R$ 300,00 para ficar uma semana, porém, em Socorro, gastou R$ 2.000,00 pelo mesmo período. “Quero muito voltar o próximo ano, mas este valor tem que baixar, pois, dependendo da mercadoria, não compensa pagar, já que não cobrirá todo o gasto que temos para vir”, afirma ele.

Com relação ao público socorrense, os vendedores afirmaram ser um povo muito acolhedor, em quem se pode confiar. “Não tenho o que reclamar, vim para cá por indicação de um colega e não me arrependo. As vendas foram muito boas e nos meus 34 anos neste setor, dificilmente encontrei um povo como o socorrense. Pessoas educadas, com quem não precisei me preocupar. Em muitos lugares, a população se aproveita das condições da barraca e furtam os produtos, sem consideração nenhuma conosco. Aqui não tive problema algum, sem arruaceiros, shows tranquilos, enfim, estão de parabéns”, afirma  Wilson Silva, da barracas de meias.

O mesmo afirmou o vendedor de mantas, Ricardo Alves de Souza, que também, pela primeira vez em Socorro, parabenizou a infraestrutura da festa. “Além de ser bem recebido, pude contar com uma ótima infraestrutura. Com certeza voltarei no ano que vem”, diz ele.

Luciano Valentim, da famosa Casa do Pastel disse que, há 22 anos, vem para Socorro e sua barraca foi sempre no mesmo local, porém, as vendas continuaram boas. “O pessoal estava acostumado com o local, mas a mudança não interferiu nas vendas. Fiquei chateado apenas pelo incomodo que a mudança gerou para alguns moradores da região. Mas espero que no ano que vem os erros sejam corrigidos, e todos saiam contentes, no final”, disse ele.

Segundo o diretor do departamento de turismo, foram cerca de 60 barracas de camelôs vindas de fora, dos quais, foram cobradas a taxa pelo espaço utilizado, além da empresa que montou as estruturas, que deveriam ser padronizadas, por exigência da prefeitura.

- Anunciantes -
- Anunciantes -

Últimas notícias