O Cemitério está lotado

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Na edição nº 3.632, de 8 de setembro de 1990, O Município destaca a necessidade de um novo cemitério, pois o Municipal, inaugurado em 1896, encontrava-se totalmente lotado, à beira de um colapso, com 3.026 túmulos e aproximadamente 30 mil pessoas sepultadas, numa área de cerca de 20.000m²

Somente anos depois, foi inaugurado o novo Cemitério Parque das Colinas.

O Cemitério está lotado

Há 104 anos, o Cel. Germano Pereira de Araujo doou um terreno para a construção do cemitério. Hoje, a avenida onde ele se localiza leva seu nome, em homenagem à doação de uma área de aproximadamente 20.000m².

A abertura do livro de registro foi feita em 7 de setembro de 1896, redigida pelo prefeito da época, Major Francisco Emílio. O primeiro sepultamento foi no dia 16 de setembro de 1896.

Segundo o prof. Alcindo de Oliveira Santos, historiador local, Socorro já teve outros cemitérios, “O primeiro cemitério ficava no largo da Matriz, é de 1829; o segundo, no antigo Largo do Rosário, atual Praça Santos Dummont, sede da Prefeitura Municipal; o terceiro, nas proximidades da fábrica de macarrão, na rua Barão de Ibitinga e o quarto e último, na Avenida Cel. Germano.

Hoje, o cemitério está a beira do colapso. Não existe mais terreno para ser vendido. O que existe são túmulos particulares.

Com o crescimento da cidade, o cemitério ficou ilhado, não contando com espaço disponível á sua volta para crescer. Nos seus 20.000m², existem nas 6 quadras 3026 túmulos, com aproximadamente 30.000 pessoas enterradas. Só neste ano, de janeiro a agosto, foram 176 sepultamentos.

O último sepultamento em terreno público foi no dia 23 de agosto último, com autorização da assistência social da Prefeitura Municipal. A partir de agora, o cemitério entra na sua fase mais dramática.

Para Irineu Baldi, administrador do Cemitério Municipal, “o cemitério esgotou a sua capacidade e a solução é a construção de um novo para atender às famílias que não tem terreno ou túmulo”.

O art. 189, da Lei Orgânica Municipal prevê: “Os cemitérios, no Município, terão sempre caráter secular e serão administrados pela autoridade municipal, sendo permitido a todas as confissões religiosas praticarem neles os seus ritos”. Esse artigo garante a não desativação, como ocorreu com os três cemitérios anteriores. Até porque, existem túmulos pertencentes às famílias socorrenses e que serão utilizados por muito tempo.

OS PLANOS

O administrador também disse: “Existe uma comissão tratando do assunto, formada por Jorge Fruchi, Dráusio de Moraes, Alberto Verzani, Valdir Toledo e Lincoln Zucato”. Segundo o administrador, a “comissão está elaborando um plano para solucionar o problema”.

Só que esta situação não pode esperar, até porque não se tem mais local para enterrar os que vierem a morrer daqui pra frente.

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