Psicopedagoga orienta na escolha do brinquedo certo para cada faixa etária

Leitura obrigatória

MARIA psicopedagoga

Há alguns cuidados que devem ser tomados na hora de escolher o brinquedo. Selo de garantia, segurança e a adequação para a faixa etária da criança são algumas informações para as quais os pais devem ficar atentos. A escolha de um brinquedo exige sempre alguns cuidados e deve levar em consideração o gosto, o interesse, a habilidade e a limitação de cada criança. Segundo a psicopedagoga Maria Cardoso, é importante deixar que o filho tenha participação na escolha do presente. Se não for aprovado pelos pais, outras opções podem ser oferecidas. Maria respondeu a outros questionamentos sobre a escolha certa para cada faixa etária da criança.

OM – Qual tipo de brinquedo é voltado para as faixas etárias de 0 a 2 anos, 3 a 6 anos e 6 a 11 anos? E para os adolescentes?

De 0 a 2 anos temos a inteligência prática, ou seja, a criança aprende na prática (mexendo, apertando, pondo na boca, jogando no chão etc.). Devemos propiciar espaço para exploração e ter cuidados com objetos pequenos, pesados e cortantes.

• Os objetos deverão ser coloridos, atóxicos, tamanho médio, leves e de diferentes formas;

• Móbiles e mordedores com desenhos e de material atóxicos;

• Bola leve, colorida e de material atóxico. É um dos brinquedos que, além de estimular a motricidade, também estimula a interatividade;

• Música e outras atividades que envolvam estímulos para o desenvolvimento das habilidades como percepção tátil, auditiva, gustativa, visual e motora.

De 3 a 6 anos temos a inteligência simbólica ou representativa e o desenvolvimento da linguagem. A criança aprende, prioritariamente, por meio das representações. É a época do simbolismo, das histórias infantis, das representações.

• Brincar de casinha com um mobiliário infantil, mostrando o nome e a função dos objetos;

• Construir hábitos de higiene, dando banho em bonecas, escovando dentes etc.;

• Ler e imitar os sons dos personagens infantis por livros ou fantoches, mostrando valores como justiça, honestidade, respeito aos pais etc., por meio das historinhas;

MARIA imagem• Brincar com blocos de construção e encaixe, obtendo conhecimentos de proporções e aprendendo as relações físicas de causa e efeito. As propriedades de tamanho e espaço são reforçadas, enquanto as crianças empilham cilindros uns nos outros, blocos graduados em torres e pirâmides. Oferece a oportunidade de desenvolver conceitos de quantidade, forma, gravidade.

Dos 6 aos 11 anos é a idade caracterizada pela inteligência operatória (baseada nas operações lógicas) e pela reversibilidade de pensamento. Alguns jogos que estimulam o raciocínio lógico:

• Jogos gerais com regras, como dama, ludo, trilha, cartas, jogo da velha;

• Caça ao tesouro, em que a cada etapa surge uma nova pista (envolvam enigmas) a ser decifrada. Ao final, encontra-se um prêmio.

Dos 11 aos 15 anos é a idade caracterizada pela inteligência formal, pensamento hipotético-dedutivo:

• Jogos como xadrez, batalha naval;

• Dramatização de peças teatrais;

• Atividades com laboratórios.

OM – O uso de aparelhos eletrônicos como os tablets, computadores e celulares podem afetar no desenvolvimento da criança? A partir de que idade eles se tornam uma opção de presente?

Os jogos eletrônicos podem influenciar seus usuários, tanto positivamente como negativamente. Positivamente, porque desenvolvem várias habilidades em seus jogadores, como a concentração, a lógica, o aumento do raciocínio, além de se tornar uma ferramenta auxiliar ao processo de ensino aprendizagem. Mas se os jogos não forem utilizados da maneira correta, podem se tornar um vício, trazer problemas de saúde e ser um canal para que o indivíduo possa manifestar agressividade. Assim, este artigo destaca as influências que os mesmos podem trazer aos seus usuários, a partir de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema.

É inevitável que cada vez mais o computador e os jogos eletrônicos façam parte do dia a dia das crianças. Cabe sempre aos pais e responsáveis avaliar a maturidade do seu filho e saber qual é o melhor momento para presenteá-los com esses aparelhos.

OM – Como incentivar a criança a deixar os aparelhos eletrônicos e focarem nos brinquedos que trabalham raciocínio e coordenação?

Estabeleça limites SEMPRE. A criança precisa saber que existe regras e horários para uso. Evite facilitar o manuseio de aparelhos tecnológicos. Não leve à mão da criança cada tecnologia nova lançada. Estimule a prática de leitura e exercícios físicos e procure acompanhá-los o maior tempo possível. em suas atividades.

Cabe aos pais impedir que seu filho seja uma pessoa que só funciona quando está “plugada”. Pense duas vezes antes de entupir seus filhos de joguinhos e coisas do gênero. Reúna força para dizer “não” e invista no oferecimento de práticas mais saudáveis e humanas.

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