Psicopedagogia no autismo: “Meu papel é avaliar dificuldades e habilidades, ajudando a criança a aprender da melhor maneira” afirma Caroline Rocha

Leitura obrigatória

A psicopedagoga Caroline Rocha atende na Clínica Vivus, à Rua José Pereto, 264. Tel. 99600-7771

O dia 2 de abril é marcado como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data visa ajudar a conscientizar a população mundial sobre o Autismo, um transtorno no desenvolvimento do cérebro que afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo.
“A principal habilidade afetada pelo autista é “o social”. Alguns sintomas que caracterizam o TEA (Transtorno do Expectro Autista) é a inadequada interação social, dificuldade de comunicação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos, além da ecolalia (repetição das palavras que lhe foi falada) e estereotipias motoras (balançar as mãos)” explica a psicopedagoga Caroline Rocha. “Isso pode ocorrer a partir da primeira infância, até mesmo antes dos 2 anos, podemos perceber alguns sinais como: pouco contato visual, não balbuciar até os 6º mês, pouca resposta aos estímulos, irritabilidade frequente, problemas na fala, movimentos repetitivos, pouca interação social, foco excessivo em detalhes, entre outros”, completa.
Formada em Educação Especial, Caroline está terminando seu curso em Neuropsicopedagogia. Ela fala um pouco mais sobre o tratamento do autismo, que envolve diversos profissionais.
O tratamento do autismo é multidisciplinar, pois depende de diversas formas de intervenção e ação de vários profissionais. Dentre eles se destacam médicos especialistas em Psiquiatria da Infância e Adolescência, Neuropediatria ou Neurologia, Psicólogas, Neuropsicólogas, Fonoaudiólogos, Terapeutas Ocupacionais e Psicopedagogas. Vale ressaltar que a equipe multidisciplinar deve estar sempre mantendo contato para um melhor desenvolvimento integral do autista.

Como o psicopedagogo atua com as crianças autistas?
A psicopedagoga é terapeuta da aprendizagem, meu objetivo é agir no obstáculo que impede a pessoa de aprender, ou seja, ensinar o aluno a aprender, utilizando estratégias específicas para cada dificuldade, respeitando sempre a individualidade de cada um.
No caso do autismo, meu papel é de avaliar, investigar e detectar dificuldades e habilidades da criança/adolescente. Assim, é possível realizar a intervenção para desenvolver tais dificuldades e ajudá-lo a aprender da melhor maneira.

Como os pais podem continuar com o tratamento em casa? Como incluir as atividades na rotina?
O tratamento do autismo deve ser focado no comportamento e correção em atrasos no desenvolvimento, que envolve práticas nos consultórios dos profissionais e no cotidiano do ambiente familiar. As intervenções pela família acontecem a todo momento, no sentido de corrigir comportamentos inadequados, explosivos, rígidos e estereotipados ou reduzir atrasos no desenvolvimento. Isso é feito através de técnicas adquiridas juntamente com a equipe multidisciplinar que acompanha o progresso da criança. Técnicas de respiração e uma rotina bem estruturada fazem com que o autista se sinta mais seguro em suas atividades diárias.

Infinito colorido – um dos símbolos do autismo

Algo mais?
Quando o autista é estimulado e acompanhado por uma boa equipe multidisciplinar, consegue ter uma vida normal, apesar de suas limitações. Tenho conhecimento de casos de autistas que dirigem, são músicos, graduados ou praticam esporte. Lembrando que autismo não é doença e sim um transtorno do desenvolvimento global.

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