Na edição de número 3.729, de 4 de setembro de 1992, a eleita Miss Socorro Raíssa Padilha Ribeiro, vencedora do concurso no Clube XV de Agosto divide a manchete de tema Política. Naquele ano, Socorro contou com apenas um candidato a Prefeito. Confira abaixo, trechos da matéria de capa.
Candidatos lutam contra votos nulos e brancos
Algumas cidades que contam com candidatura única a prefeito no Estado de São Paulo têm sido objeto de notícias de jornais. A Folha sudeste, do Jornal Folha de São Paulo, publicou a seguinte manchete: “CANDIDATO ÚNICO LUTA CONTRA VOTO NULO”.
Na região sudeste, há três cidades com candidaturas únicas, SOCORRO, com José Valdir Bortolasso, Corumbataí com Antonio Doimo e Santa Maria da Serra com Irineu Zani. Os três candidatos do PMDB.
O candidato Valdir Bortolasso afirmou para a Folha sudeste que não teme o voto nulo. Na mesma notícia, o delegado Dr. Roberto Monteiro de Andrade Junior, que seria seu concorrente pelo PSD, disse que sua candidatura foi prejudicada por uma “manobra política”.
O PMDB local programou 40 comícios-shows, na zona rural, e vem se posicionando contra a intenção do eleitorado de votar nulo ou branco. No encerramento dos comícios são distribuídos lanches, refrigerantes e vinho.
Segundo os partidos de oposição, o alto custo financeiro para a organização e realização de um comício acabou prejudicando a ida aos bairros.
Os partidos políticos organizados aqui em Socorro, PT, PDS, PTB e PMDB, entregaram à Justiça Eleitoral suas previsões de gastos estimadas para campanha eleitoral de seus candidatos a vereador e a prefeito para as eleições municipais de 1992. A previsão do PT para seus 9 candidatos a vereador ficou em 15 milhões, a da coligação PDS/PTB para os 13 candidatos a vereador foi de 50 milhões e a do PMDB ficou em 50 milhões para os 36 candidatos e 30 milhões para o candidato a prefeito.
O novo prefeito de Socorro e os vereadores que assumirem suas funções no próximo ano já tem definido a regra de cálculo de seus salários. Na sessão de Câmara do dia 31 de agosto, os vereadores aprovaram a forma do cálculo respaldada na emenda 1 da Constituição, que altera a redação dos artigos 25 e 29. Assim, o novo prefeito irá receber um salário que corresponde a 5 vezes a referência 31, que é o maior padrão de vencimento pagos pela Prefeitura, hoje, valendo, Cr$ 1.039.065,98. O reajuste será automático. Também terá direito a uma verba a título de representação, que corresponde a mais 50% desses 5 salários (ref. 31). Se esta nova regra estivesse valendo para a atual legislatura, o Prefeito estaria recebendo hoje Cr$ 7.792.987,00.
No caso dos próximos vereadores, os seus salários seriam de 80% do maior padrão de vencimentos pagos pela Prefeitura, que é a referência 31. Hoje, seus salários seriam de Cr$ 801.252,00.