Durante toda a vida, qualquer ser humano obtém vitórias e derrotas, acumula alegrias e tristezas, ri inúmeras vezes e chora, também.
Durante os sucessos, uma pessoa em especial sempre é lembrada: o professor! Conforme o dicionário Aurélio, professor é aquele que ensina uma ciência, arte, técnica ou outro conhecimento.
Então, com o intuito de parabenizar a todos os professores neste dia 15 de outubro, O Município entrevista Priscila Maria Pedroso Binotti, formada na Fundação de Ensino Superior de Bragança Paulista (FESB) e professora de Língua Portuguesa do Instituto de Ensino XV de Agosto. Confira:
OM – Por que escolheu a carreira de professor?
Priscila – Primeiramente, não posso negar que tenha sido influenciada por minha sogra Marilanda. Depois, porque o Magistério é uma das profissões mais gratificantes e apaixonantes que existe. Conhecer pessoas (alunos), transmitir e receber conhecimentos, criar laços, além de ver e contribuir para o desenvolvimento deles.
OM – No dia 15 de outubro celebramos o Dia do Professor. Há o que comemorar?
Priscila – Apesar de tudo, há. Vivemos um momento de desvalorização, tanto por parte do Governo quanto da sociedade, mas temos que comemorar as lutas que deixam acesas as chamas da esperança de dias melhores. Que os governantes do país não vejam o professor como inimigo, mas como um amigo; que percebam que eles também foram alunos e passaram pelas mãos de professores dedicados, que tiveram paciência para ensiná-los e prepará-los para exercer a CIDADANIA.
OM – Como é o dia a dia da profissão?
Priscila – Uma luta diária. Adolescentes cada vez mais exigentes e, por consequência da vida moderna, temos que ser mais dinâmicos que todos os celulares, tablets, ipads e tantos outros eletrônicos que os cercam. Temos que lidar com uma ampla gama de problemas pessoais. Tudo isso, ao mesmo tempo em que temos conteúdos a serem trabalhados.
OM – Em 12 anos de magistério, tem algum fato que marcou sua carreira profissional?
Priscila – São vários fatos que me marcaram. Festas de aniversário surpresa em minha casa, combinado com meus familiares; a presença do carro de som do mineirinho; as cartinhas com declarações etc. Mas não posso deixar de citar o fato de ter sido a paraninfa da turma do 9° ano do ano passado. Eu conheci esses alunos no 2° ano do Ensino Fundamental I, ao lecionar durante a licença de outra professora e, depois de 7 anos, fui escolhida para “amadrinhar” essa turminha. Não há dúvidas que isso é a maior prova de que o nosso trabalho é valorizado e reconhecido! Vale a pena!
OM – Na sua avaliação, como será o futuro da educação? Priscila – Sou otimista. Não acredito no desaparecimento do professor nesse universo tecnológico. No futuro, o professor terá um novo papel, que vai além de apenas transmitir conhecimentos. Precisará compreender e planejar aulas como um laboratório dinâmico, como uma empresa focada em resultados e com visões de formação distintas, conforme a capacidade de cada aluno. Segundo Fredric Litto: “A educação (será) mais personalizada, mais feita sob medida para cada aluno. Este tem que tomar muitas decisões do que aprender, onde e como, principalmente na fase mais adulta. Há respeito pelos estilos individuais da aprendizagem de cada aluno, sem nenhuma tentativa de forçá-lo a demonstrar o mesmo desempenho, em todas as áreas acadêmicas”.
OM – Para quem deseja seguir essa carreira, o que você recomenda?
Priscila – O desafio da educação brasileira não se resume a estimular crianças e adolescentes a aprender. Exige, também, encontrar quem se disponha a ensiná-los.
Portanto, para quem está iniciando ou deseja iniciar a carreira no Magistério, acredite que a educação tem poder de transformar as pessoas e de tornar as sociedades mais iguais e mais justas. Sem professores, não haveria médicos, engenheiros e outros diplomados em ofícios respeitados. O professor é a base da formação de todos os profissionais. Orgulhe-se de ser professor e se valorize. Só assim o Brasil nos valorizará!
OM – Deixe uma mensagem:
Priscila – Desejo parabéns a todos os meus colegas de profissão e que, mesmo diante de todos os problemas e dificuldades, não desanimem; pois como dizia a sábia Cora Coralina: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.