Uso de drogas por jovens é um problema bastante antigo

Leitura obrigatória

O problema das drogas já preocupava a sociedade, há mais de 30 anos, como mostra a notícia publicada na coluna Pingos e Respingos, da edição nº 2793, de 4 de agosto de 1979, de O Município. E, entre outras notas, o protesto de jovens já acontecia… Em época de plena ditadura militar, quando o Dops prendia, torturava e matava. Mas, também general protestava… Por “chá de cadeira”!

 Pingos e Respingos

Nas escolas, meninos de 13 anos fumam maconha, inalam produtos químicos e até vendem entorpecentes. Nas boates, clubes privées e discotecas, a cocaína e a maconha são vendidas e usadas em larga escala. Atualmente a rede escolar – municipal, estadual e particular -, tornou-se o novo alvo dos traficantes e por eles vem sendo durante atingida. E a este setor que se destina grande parte da meia tonelada de maconha e muitos quilos de cocaína, que quinzenalmente chegam a São Paulo.

Para combater este mal, que somente este ano já levou à prisão de 1.106 pessoas, entre elas muitos menores, a policia encontra numerosas dificuldades, desde barreiras sociais e economicas – já que o vicio atinge, indistintivamente, todos os níveis da sociedade – até a sua falta de aparelhamento e infra-estrutura necessaria ao combate, que deve ser rigoroso e incessante.

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O general Edson Asvenosa de Almeida após esperar por mais de uma hora, sentado em uma poltrona no Departamento de Comunicação Social da Secretaria de Segurança Publica, para ser atendido, protestou: “Isso aqui é uma bagunça, como nunca vi igual. Conheci essa Secretaria no tempo do general Brum Negreiros e funcionava muito bem. Já era tempo do general Edmundo Murgel ter aprendido a trabalhar.”

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Os estudantes José Amaro Morais Machado e Carlos Fuser foram presos por policiais da radio-patrulha e levados até o Dops. Motivo: escreviam num muro dizeres considerados subversivos, entres eles: “Cadê Honestidade?” e “Anistia”. No Dops, eles contaram que saíram de uma reunião patrocinada  pela Comissão de Anistia da União Estadual de Estudantes e decidiram pichar alguns muros. Na rua, enquanto esperou no carro, o outro escreveu alguns dizerem num muro. Mas não viram a chegada da radio-patrulha e foram levados à policia, onde após prestar declarações foram liberados. Fuser protestou, dizendo, no termo de declaração que é brasileiro, democrata e patriota e sua detenção foi arbitrária.

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