O 1º Fórum do Núcleo de Artes aconteceu em Agosto, originando uma inusitada exposição que trouxe de volta movimento ao cenário cultural da cidade. “Fiquei com um gostinho de quero mais”, conta a professora de matemática Sibeli Andrade que esteve no Museu Municipal Dr João Batista Gomes Ferraz antes do encerramento, no último dia 11, da exposição que foi resultado do trabalho para a construção e fortalecimento do Núcleo de Artes Plásticas de Socorro. 

Organizada democraticamente pelo núcleo que conta com cerca de 40 artistas plásticos nascidos ou residentes em Socorro, a exposição contou com a impecável curadoria de Mayara Nardes. Bastante eclética, a seleção contou com obras de 20 artistas com estilos bastante distintos e de diversas manifestações das artes plásticas, da xilogravura de um cordel ou de um quadro feito com retalhos até esculturas contemporâneas.

“Gostei de muitas obras, mas a que mais me impressionou foi a bailarina de Katia Mazolini. Ela trouxe para a minha alma o movimento da dança”, comenta Sibeli. Esta bailarina também pareceu ter impressionado outras pessoas que por ali estavam e se detiveram por prolongados minutos observando a foto e tentando decifrar a técnica empregada.   

“Gostei de como partiu do uso dos recicláveis para nos trazer a reflexão”, comenta André que esteve no museu com a esposa e amigos pela primeira vez. Ele se referia uma das esculturas de Luiz Valdo. André também se impressionou com diversos quadros, entre eles um dos de Benedito que representava o Cristo da Paixão e o único de Rosangela Politano que segundo ele “apresenta a alegria guardada das pessoas retratadas com detalhe e colorido singular”. 

Depoimentos como esse explicam bem o “gostinho de quero mais” e configuram o êxito de uma exposição que se faz no delicado momento de reabertura dos espaços artísticos ainda seguindo protocolos e dentro da Era Covid-19, com a pandemia. Visitada também por diversas escolas públicas e por turistas, a exposição, além de coroar com êxito o encerramento do 1ª Fórum de Artes Plásticas, abriu a expectativa para o retorno das exposições presenciais e dos eventos no museu. Já era sem tempo. Aguardamos ansiosos para poder visitar e contar sobre a próxima exposição.

Por Leti Martín
Para O Município