Conforme matéria publicada no começo do ano, a Biblioteca Municipal Esther de Camargo Teixeira começou 2021 sob nova gestão, a do jovem Bibliotecário Fábio dos Santos Godoi que trouxe para Socorro a ideia de que uma biblioteca não se resume a um prédio ou acervo físico.
Situada no palácio das Águias, antigo paço Municipal, nossa biblioteca conta com um acervo de mais de 15 mil livros, sempre à disposição dos socorrenses. Mas, logo ao início do ano, ela ganhou também três links, nos quais podem ser acessadas obras históricas, atuais e até em áudio. Fontes de consulta quando precisamos fazer a correta referência a alguns dados da história de Socorro, os links apresentam os livros Recordar é Viver, de Imir Baladi; o Álbum de Socorro publicado no centenário da Independência, em 1922; e o Álbum de Socorro do ano do Sesquicentenário da cidade, de 1979.
Conforme frisou o bibliotecário em entrevista anterior, tratam-se de obras bastante interessantes, que não podem ser manuseadas de qualquer modo, mas que toda a população socorrense deveria conhecer e ter o acesso, em especial professores e estudantes. Por esse motivo, Fabio deu início ao projeto de digitalização. Confira a nova entrevista:
A Biblioteca Municipal tem agora um acervo digital. De onde surgiu a ideia para esse projeto?
A ideia surgiu para ampliar a oferta de informações disponíveis sobre a história de Socorro no meio online.
Há critérios específicos para a digitalização das obras?
Os critérios são sua raridade, todavia a disponibilização é feita de acordo com os direitos autorais. Os livros disponíveis são apenas aqueles que não têm direitos autorais. Outras obras estão disponíveis, porém apenas em meio físico.
Tem havido bastante procura pelo acervo digital? O que já temos disponível?
É possível avaliar a quantidade de vezes que o material digitalizado foi acessado. E os números são surpreendentes. Na primeira semana tivemos cinco vezes mais acessos do que seguidores. Ficamos realizados de ajudar não só pesquisadores sobre nossa cidade, mas também o cidadão que, por curiosidade, descobre o valor de uma estátua, de um prédio que ele passava todo dia e não sabia quem, por que ou quando foi feito.
Há algum novo projeto envolvendo o acervo físico?
Esse projeto de digitalização é apenas uma pequena semente. Há muito mais a ser feito, estamos em diálogo com a Assessoria de Comunicação e Tecnologia da Prefeitura para criação de um site específico para a Biblioteca, para disponibilizar esse conteúdo.
Algo mais?
Estamos trabalhando constantemente pela profissionalização da Biblioteca Municipal. De acordo com Ranganathan, um teórico indiano, há cinco leis da biblioteconomia e uma delas é poupar o tempo do leitor e é nisso que estamos focando no momento. Acesse https://linktr.ee/bibliotecadesocorro e saiba mais.