Nesta semana pegamos a estrada e fomos conhecer o famoso “Milho Verde”. Com 82 anos, o socorrense Antonio Preto de Godoy contou toda sua experiência e mostrou o seu artesanato em palha que faz há 56 anos.
São cadeiras, cestos, peneiras e outros acessórios. Com uma clientela fixa de dez compradores e atendendo a pedidos grandes, com mais de setenta peças, o tempo de espera para “Milho Verde” entregar um pedido é de dois meses. Os preços variam conforme o produto.
A fama de “Milho Verde” se espalha pela propaganda boca a boca: as pessoas chegam lá por recomendação de outras. Tamanha a exclusividade, o artesão atende clientes de Caçapava, Jundiaí, Laranjal Paulista e Santo Antonio de Posse, entre outras cidades.
Dia a dia do artesão A rotina de “Milho Verde” começa cedo e às vezes termina depois das 22 horas. Como ele já sabe quais produtos terá de fazer, já cuida de todo o preparo e o mais interessante, faz todo o trabalho de cócoras. Quando precisa usar madeira, no caso das cadeiras, ele também realiza o tratamento do eucalipto.
Para ele, atualmente a maior dificuldade está em encontrar a palha, sua principal matéria-prima e devido a grande demanda, Milho Verde têm recebido o material
de amigos e vizinhos.

Trabalho duro Antes de trabalhar com artesanato em palha, Milho Verde trabalhou
também na lavoura com seu pai até os 23 anos. Bom de conversa, ele relembra de quando iniciou, vendo outra pessoa fazer e conta que foram dois anos de treinamento até vender sua primeira peça. Ele também deseja passar seu conhecimento adiante, para que as gerações mais novas aprendam seu ofício, mas por enquanto não surgiu nenhum candidato, diz ele, rindo.
Graças ao artesanato, Milho Verde e sua esposa construíram e deram um lar às duas filhas Katia e Simoni, que agora são izinhas dos pais.
Um cantinho especial A casa de “Milho Verde” fica no Bairro do Agudo, no Sítio Santo Antonio. Para encomendas, ligue (19) 99884-2918, com a filha Simoni ou (19) 99731-9256, com sua esposa Lucia.