O ano era 1999, e quatro jovens estudantes que frequentavam os rios e cachoeiras de Socorro e região, sentiram a necessidade de fazer algo que pudesse mudar aqueles cenários: rios escuros, com margens degradadas, além da poluição.
Foi com a vontade de transformar essas paisagens e o apoio incondicional do Professor de biologia, que germinou a primeira semente de um projeto, que viria a se tornar futuramente a Associação Ambientalista Copaíba.

“Quando aqueles quatro jovens me procuraram, eu percebi basicamente três coisas: a primeira era o propósito de querer fazer; a segunda foi o fato deles começarem a coletar plantas e sementes, para a gente tentar fazer a identificação; e a terceira, é que eles começaram a fazer um pequeno viveiro de mudas nativas, na tentativa de recuperar a mata nas margens do rio do
Peixe.” – comenta Gerson Silveira, presidente da Copaíba e professor que incentivou os alunos.

Ana Balderi, Flávia Balderi, Tiago Sartori e Richieri Sartori, não imaginavam a extensão e proporção que a Copaíba atingiria. Hoje, mais de 320 proprietários já participaram da restauração ecológica, com mais de 650 hectares de terras plantadas e 3,5 milhões de mudas produzidas no Viveiro Florestal da Copaíba, que tem capacidade de produção anual de mais de 500 mil
mudas. Os números realmente são altos e se multiplicam quando unimos à eles os outros dois pilares de atuação: educação ambiental, que já contemplou mais 30 mil pessoas participando das vivências e pretende, só neste ano de 2023, atender mais de duas mil; e políticas públicas, trabalhando em contato direto com algumas das prefeituras da área de atuação, colaborando
com os planos municipais da Mata Atlântica e na defesa da conservação ambiental.

“O apoio da Copaíba foi extremamente importante porque eles entendem disso desde sempre. É uma equipe capacitada, que tem realmente o propósito de conservar e trazer essa natureza maravilhosa para mais perto da gente.” – conta Sinara Ferraz, proprietária rural do Sítio Viver na Natureza, cuja propriedade em Monte Alegre do Sul está sendo restaurada.

A Copaíba recebeu muitos prêmios como o de Melhor ONG do Meio Ambiente em 2019 e uma das 100 melhores ONGs do Brasil, neste mesmo ano. Em 2020 recebeu o Prêmio Muriqui, um dos maiores prêmios da biodiversidade. Neste último um ano, a Mata Atlântica foi anunciada na Conferência de Biodiversidade da ONU, a COP-15, como um dos dez ecossistemas de referência de restauração do mundo, sendo a Copaíba parte integrante do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, indicado por eles. Em janeiro deste ano, a Copaíba se torna um dos Atores Oficiais no Brasil, da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas (2021-2030) e, não pretende parar por aí, buscando sempre estar a cada dia mais engajada e comprometida nas ações ambientais.

“Lá no começo, a gente não tinha a noção da imensidão desse trabalho. Acho que hoje temos uma percepção do quanto isso está sendo positivo.” – comenta Flávia Balderi, Secretária Executiva e coordenadora do Viveiro Florestal. Realmente, os números, conquistas, reconhecimentos, equipe de trabalho engajada e competente, diretores, voluntários, conselheiros, empresas parceiras, contribuintes, estudantes, visitantes e todos e todas aquelas que acreditam e vivenciam na prática a conservação e restauração da Mata Atlântica, contam a história por si só.

24 anos são suficientes para se contar uma linda história, mas desejamos que ainda venham muitos mais, para que a Copaíba seja sempre lembrada por seu legado, que habita o presente, dá referência e aponta para um futuro mais equilibrado, sustentável e transformador.

Esta história está sendo contada através do novo vídeo institucional, divulgado ontem pela Associação. Confira através do site: https://www.youtube.com/@AACopaiba