Estado confirma 3 casos da variante Delta em Socorro. Prefeitura ainda não foi notificada

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Na manhã de hoje, dia 1º de setembro, a Secretaria Estadual de São Paulo informou que, com a nova classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a análise e confirmação de casos da variante Delta, SP passa a ter 764 casos, incluindo 747 autóctones e 17 importados. Entre estes casos, 3 teriam sido notificados em Socorro.

Entramos em contato com a Prefeitura, na manhã de hoje e, até então, a Secretaria Municipal de Saúde ainda não havia sido notificada; uma reunião com outras autoridades da Saúde está prevista esta tarde.

De acordo com o Estado, o número reflete o novo panorama da classificação genética da variante Delta, e não uma intensificação de sua transmissão, já que a Gamma ainda continua predominante no estado.

A “linhagem-mãe” da Delta (código B.1.617.2), como pode ser chamada a primeira identificada, já possuía “sublinhagens” que vão da AY.1 até a AY.22, mas apenas parte delas estava classificada desta forma até então. A partir desta definição da OMS, todas as derivadas passam a ser analisadas igualmente.

“Era esperado que a OMS procedesse à inclusão das derivadas da Delta, uma vez que as sequências virais eram todas classificadas desta forma, o que é útil para mapear o surgimento da linhagem em um território”, explica Adriano Abbud, Diretor de Respostas Rápidas do Instituto Adolfo Lutz.

O termo “variante de preocupação” (VOC ou “variant of concern”, na sigla em inglês) foi adotado para quatro variantes específicas pelas autoridades sanitárias internacionais devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção.

Entre elas, está também a variante Gamma (P.1), que ainda predomina em São Paulo: são 1.410 casos, o dobro em comparação à Delta. As outras duas são a Alpha (B.1.1.7), com 38 casos em SP, e a Beta (B.1.351), com apenas três.

Qualquer vírus passa por processo evolutivo e pode sofrer mutações, gerando cepas que compartilham um “ancestral” comum a partir da alteração de características – como capacidade de transmissão, multiplicação e gravidade de infecção. Se um organismo é infectado com uma variante e o estímulo de resposta se difere da “linhagem-mãe” original, ele constitui uma cepa ou linhagem.

A confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético, um instrumento de vigilância, ou seja, de monitoramento do cenário epidemiológico, que não deve ser confundido com diagnóstico, este sim de caráter individual. Portanto, não devem ser realizados, do ponto de vista técnico e científico, sequenciamentos individualizados, uma vez confirmada a circulação local da variante.

As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: uso de máscara, que é obrigatório em SP; higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel), distanciamento social e a vacinação contra a COVID-19.

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