Casos recentes na região reacenderam um alerta: a Febre Maculosa. Causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, ela é transmitida pela picada do carrapato-estrela infectado. Conhecer a doença e saber qual a conduta em caso suspeito são primordiais para evitar que ela se agrave.
Os principais hospedeiros do carrapato-estrela são os cavalos e as capivaras, comuns na região – especialmente nas margens dos rios – mesmo dentro da zona urbana das cidades. Contudo, outros animais também podem hospedá-lo, principalmente os silvestres.
As pessoas que frequentam as áreas de risco devem tomar cuidados e analisar o corpo para averiguar a possível presença do carrapato. Para que ocorra a transmissão, o carrapato deve ficar fixado à pele por pelo menos 4 horas.
É importante ficar atento e, em caso de sintomas ou contato com o carrapato-estrela, consultar um médico imediatamente e informar ao médico que esteve em área de risco de contaminação ou que encontrou algum carrapato no seu corpo.
Para a médica infectologista cooperada da Unimed Amparo, Dra. Tania De Sa Lossavaro, o início imediato do tratamento é primordial porque a falta ou demora pode agravar o caso podendo levar a óbito. O tratamento é feito com antibióticos por um período de 10 a 14 dias. Logo nas primeiras doses, o quadro começa a regredir e evolui para a cura total.
“O diagnóstico oportuno é muito difícil, principalmente durante os primeiros dias de doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, encefalite, malária, meningite, sarampo, lúpus e pneumonia. No entanto, o médico fará avaliação dos sintomas e perguntará onde você mora ou se esteve em locais de mata, florestas, fazendas, trilhas ecológicas etc.”, explica.
Sintomas
Os sintomas podem aparecer de 2 a 14 dias, após a picada do carrapato infectado. Os principais da Febre Maculosa são: febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória.
Além desses sintomas, com a evolução é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
Prevenção
Devem ser adotas algumas medidas para evitar a doença, principalmente em locais onde haverá exposição à carrapatos:
- Use roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro
- Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas
- Evite andar em locais com grama ou vegetação alta
- Use repelentes de insetos
- Verifique se você e seus animais de estimação estão com carrapatos
- Se encontrar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça
- Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água
- Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença.
- Após a utilização, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos insetos.
Da Unimed Amparo
Para O Município