O socorrense Cadu Safner costuma dizer que nunca teve sorte. Suas conquistas são todas fruto de muita persistência, objetividade e foco. “Claro que ter fé é um fator que sobrepõe todas essas, mas acreditar em seu potencial e investir, é algo fundamental, conta ele, que chegou em São Paulo em 2012, ainda adolescente, cheio de sonhos. Abdicou de muitas coisas para poder alcançar parte do que queria. Ainda no primeiro semestre da faculdade, estagiou e foi produtor na RedeTV!, onde foi entregar currículo na portaria. Quase três anos depois, passou numa seletiva na Band e trabalhou na produção do Datena e também com Ricardo Boechat. Em 2018, quando saiu de lá, teve a oportunidade de ser repórter em site de notícias. Foi a
partir daí que se interessou pela mídia online e ferramentas do Google.

Desde então, mergulhou em estudos sobre as ferramentas do Google a fim de obter uma boa posição na internet, com seus trabalhos e redes sociais. Criou seu site de notícias internacionais voltado exclusivamente para latinidades, o Estrela Latina, que hoje também é parceiro de conteúdo do portal Metrópoles. “Me divido entre a coluna Leo Dias e esse meu projeto”, conta ele, que deu mais detalhes sobre a última contratação para o Jornal O Município.

O colunista Leo Dias é hoje uma das principais referências na criação de conteúdo digital de celebridades do país; somente o perfil no Instagram com mais de 12 milhões de seguidores. Confira:

Conte-nos sobre a sua nova experiência: integrar a equipe de repórteres de Leo Dias.
Integrar a equipe do Leo Dias é uma realização profissional; mas sobretudo, diante da importância que ele tem para o jornalismo de celebridades e entretenimento no país, com tantos anos de atuação no mercado, acabo aprendendo detalhes e trâmites da área que faculdade nenhuma ensina. Sobretudo, ainda ter a vitrine do portal Metrópoles, um dos maiores veí-
culos de notícia da atualidade, é, sem dúvida, um privilégio.

Como é a sua rotina como repórter de entretenimento?
Eu já trabalhava em portal de notícias, na editoria de TV, quando conheci o Leo. Tive a oportunidade de entrevistá-lo algumas
vezes, por telefone e também pessoalmente. Ele já conhecia o meu trabalho. Durante a pandemia, quando ele foi contratado
pelo Metrópoles e começou a montar a equipe de reportagem, ele deixou as portas abertas.
Quase dois anos se passaram de lá pra cá. Eu estava muito acomodado no meu trabalho anterior, apesar de gostar bastante do
que fazia. No entanto, já era hora de mudar, foram quatro anos no mesmo lugar, fazendo as mesmas coisas, eu precisava de um novo desafio, de um gás. Foi então que mandei uma mensagem a ele e fechamos a parceria. Fui muito bem recebido.

Quais foram suas matérias mais marcantes?
A responsabilidade de um repórter de entretenimento são as mesmas de um repórter que cobre política, economia, polícia,
business, o detalhe que diferencia é que tocamos diretamente no mais íntimo das pessoas, no emocional, mexemos com
vidas, com assuntos extremamente delicados e que podem destruir uma carreira ou prejudicar, de alguma forma. Temos
que ser imparciais ao tempo em que também temos que trabalhar nosso emocional para lidar com assuntos do tipo: traições e
brigas, por exemplo. O foco do meu trabalho com Leo Dias é em assuntos exclusivos, coisas inéditas que nenhum outro veículo
noticiou. A informação chega para nós de todas as partes, por fontes das mais diversas. Todo mundo é fonte. O nosso trabalho
é ir atrás da verdade, mostrar os lados da história. Todo dia trazemos casos e histórias que pautam o Brasil quando o assunto é entretenimento. Uma informação é checada repetidas vezes para que nada saia errado. Falamos com dezenas de assessorias por dia, conversamos diretamente com os artistas envolvidos em determinado caso, nada vai ao ar sem termos certeza absoluta sobre o que estamos tratando. É uma rotina bem árdua, que nunca acaba quando termina, pois sempre vai
ter uma ponta solta na história, que vale uma nova publicação.

Qual a sensação de cobrir eventos de repercussão nacional?
A mais recente, e que me deixou impressionado, é sobre o roubo milionário ao apartamento do influenciador Carlinhos Maia. Eu
havia encerrado o meu plantão no final de semana, quando Leo Dias me ligou de madrugada e informou sobre o crime. Voltei ao trabalho na mesma hora e iniciamos a cobertura do caso junto à polícia. E seguimos até hoje, dias após o ocorrido, cobrindo o assunto, trazendo informações exclusivas e detalhes que deixam qualquer um assustado. É um roubo que levanta outros debates e questionamentos de extrema relevância para nossa sociedade. O caso da punição da Academia do Oscar ao Will Smith após o tapa em Chris Rock e também a investigação às prefeituras de cidades pequenas que pagam valores exorbitantes
na contratação de artistas também é um tema que estamos trabalhando em cima e que me chama bastante a atenção.

Atualmente contribui para outros veículos de comunicação?
É a parte mais divertida (e cansativa) da profissão. Eu faço cobertura de festas (baladas, shows, rodeios) pelo menos há
cinco anos. Não é sobre curtir ou aproveitar, é sobre trabalhar (e muito). É enfrentar mudanças climáticas e repentinas, é esperar horas e horas por duas palavras de um artista, é lidar com o ego das pessoas. Cobrir evento é interessante porque você sai literalmente do seu modo mais cômodo para desafios inesperados. As coletivas de imprensa são mais tranquilas e organizadas, mas os shows são verdadeiros desafios. Eu gosto porque é uma oportunidade de estar frente a frente com
o artista, com o entrevistado, é empolgante e a entrevista fica mais descontraída.

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