Chegamos ao final de mais um ano. Inevitável nos questionar o que consideramos ter sido produtivo e o que necessitamos mudar.
Nos manter no mesmo movimento, mesmo espaço ou situação pode interferir em nosso humor, causar tédio ou desanimo. Também aumenta a chance de vivermos engessados, automatizados.
Pensar em planejamento ou estabelecer metas não é um fato apenas dessa época do ano. Mas sim de todos os fechamentos e inícios de ciclos de nossas vidas. Um momento de aniversário, uma perda, um nascimento, uma reforma, uma mudança de emprego.
É uma forma de nos sentir preparados para iniciar algo, mais seguros, com ideias mais claras. Confira as dicas da psicóloga Marilu de Faria Boneti:
Por que fazer resoluções de ano novo?
Quando analisamos as nossas atitudes e pensamentos estamos mais ativos para desenvolver nossa maturidade, buscar mais qualidade de vida e nos sentir realizados. Dessa maneira mantemos a perspectiva de vida.
É preciso pensar em você, no ambiente em que vive, nas suas reais condições e ajustar suas resoluções de ano novo aos seus princípios, cotidiano e condições.
Até porque os estudos apontam que 80% das pessoas realizam essa atitude, porém, tem ela em mente apenas em torno de 15 a 20 dias de seu ano.
Para que você não caia na tentação de ceder, o ideal é rever as metas estabelecidas e modificar o plano de ação quando for preciso para, enfim, dar continuidade a busca pela realização das resoluções.
Como planejar o próximo ano?
Escreva ou reflita as principais mudanças que vivenciou ao longo desse ano. Delas, pondere àquelas que foram ajustes, àquelas que trouxeram aprendizado, àquelas que ainda estão para se concretizar, àquelas que dependem de determinada ação para se completar.
Também é importante analisar as situações em que há necessidade de melhora e àquelas que são mudanças obrigatórias.
Estipule para você: Vontades, Necessidades e Obrigações.
Lembre-se: “Nós necessitamos de novas experiências, mesmo que ocasionalmente!”
Recomenda uma lista de metas?
As listas de metas são muito importantes. Mas não caia na armadilha de ver o início do ano como começar do zero ou uma reviravolta tão grande, no âmbito emocional e comportamental.
O interessante é colocar para você as metas e expectativas alcançáveis.
Ajuste sua expectativa à realidade na qual está inserido. Evita a frustração e aumenta a chance de conseguir concretizar.
Metas ambiciosas demais podem resultar em fracasso. Como lidar?
Àquelas muito distantes da realidade podem sim causar mais frustração do que realização. Uma lista muito numerosa de metas também pode nos fazer sentir assim e alimentar o sentimento de desistir.
Tenha claro para você o que realmente deseja. E pense nas estratégias que necessitará para alcançá-las.
Algo mais?
Seguem algumas dicas:
- Entenda seus erros e tropeços ao longo desse ano
- Tente mudar diante desses erros
- Seja claro e específico para com você e aquilo que deseja
- Repense o objetivo de suas metas (Vontade, Necessidade ou Obrigação)
- Una-se a uma rede de apoio. Esteja próximo a pessoas que buscam as mesmas metas que você.
- Tenha estabelecido que cada meta se atinge de uma vez
- Mantenha os hábitos
Ao olhar para o ano que se finda, entenda que não há uma fórmula mágica de definir resoluções.
Precisamos pensar, refletir, ajustar nossas estratégias de ações, administrar nossas emoções e nos manter disciplinados, principalmente quando for preciso rever.
Serviço: Marilu de Faria Boneti – Psicóloga – CRP 06/83610. Atende na Clínica Vivaz e Colégio SOS. Contato: 19 9 8129-6290.