Nesta edição, recordamos, a troca de proprietários do Jornal que até hoje, continua na família Fontana

Leitura obrigatória

Na edição nº 2826, de 29 de março de 1980, o professor Imir Baladi despede-se dos leitores de O Município após 34 anos à frente do jornal, que passa aos sucessores, Maria Fontana e seu filho Antonio Fontana Filho, os novos proprietários. Ele termina seu artigo de despedida com versos dedicados à “Morena da Fronteira”, pela hospitalidade de muitos anos:

“Não podendo amá-la quanto devia,

Quis ao menos, servi-la quanto podia.”

E, na edição seguinte, nº 2827, de 12 de abril de 1980, os novos proprietários inserem sua proposta, na página de capa.

 PROPOSTA

Estamos assumindo a direção deste jornal que há 34 anos vem prestando inestimaveis serviços a coletividade socorrense, e o fazemos conscios da nossa responsabilidade de informar e na certeza tambem de que continuaremos a merecer o apoio incondicional de toda população que sempre o prestigiou. Não nos move nenhum objetivo subalterno, nem pretendemos transformá-lo num órgão politico-partidario, senão aquele que norteia a imprensa livre e destemida. Esperamos que ele continue a ser aquele que sempre foi nesses seus 34 anos de vida. Trincheira. Ultimo baluarte onde o grito de nosso povo há de se fazer ouvir, sempre. Assim entendemos que se faz jornalismo.

Rendemos nossa homenagem ao seu antigo redator e proprietario, professor Imir Baladi, pois temos a certeza que ele sempre procurou fazer o melhor.

Aos nossos assinantes pedimos apenas uma coisa: Paciencia.

Precisamos de sua paciencia até que possamos tomar pulso de todos os meandros e por menores que envolvem uma empresa jornalística, da qual somos inteiramente neófitos. Estejam certos porem de uma coisa, e nossa proposta fazer JORNALISMO, com letras maiusculas. Os primeiros numeros não sairão à altura dos antigos, pois, 34 anos de atividade jornalística confere a um homem condições inimitáveis e inegualaveis para se fazer jornal, dão maturidade a um homem, a uma empresa, para dizer nós fazemos JORNALISMO.

Entretanto, temos a humildade suficiente de confessar, estamos iniciando nessa jornada, muito pequena à nossa bagagem, mas, estejam certos os nossos leitores, estamos embuidos de muito amor e muita fé para poder confiar em nossa empreitada.

Estamos convocando para o nosso meio os antigos colaboradores, todos, indistintamente, nossas portas estão abertas, venham, nós os receberemos de braços abertos, pois, este jornal deixa de ter cor política, para ser apenas um jornal de Socorro, para Socorro, onde todos, repetimos TODOS, indistintamente, possam usá-lo para reivindicar os direitos de nossa terra.

Estamos embuidos do proposito de levar bem alto o nome de Socorro, faze-la ouvir pelas nossas autoridades municipais, estaduais e federais, pois este é um direito dele e nós iremos exercê-lo com toda força de nossa alma e todo ardor de nosso coração. Se para aquele velho jornalista que durante tantos anos honrou a nossa imprensa, Socorro não podia parar, estamos aqui para endossar a sua tese e gritar a todo pulmão: SOCORRO, NÓS CONFIAMOS EM VOCÊ!…

 

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