Ansiedade, choro, alegria… Enfim uma mistura de sentimentos que pais e filhos sentem quando se aproxima o dia de volta às aulas. Nem sempre as crianças lidam com esse período de adaptação da melhor forma, já que é uma fase de adaptação com novos colegas, professores e, para alguns, de uma nova escola. A neuropsicopedagoga Renalda Lima ensina como os pais e responsáveis podem ajudar seus filhos nesta fase. Confira:

O momento de voltar para a escola exige uma adaptação. Como ajudar seu filho?
O início das aulas exige dos pais, responsáveis, crianças e educadores uma adaptação ou readaptação e todos passam por este processo. O primeiro passo no papel dos pais e responsáveis na rotina escolar é fazer com que a criança se sinta segura, para que esta volta seja prazerosa. Ela deve ser incentivada com entusiasmo e segurança; pais e responsáveis confiantes conseguem lidar com mais tranquilidade com as novas mudanças e passar esta confiança para ela.

Quando começar?
Na semana que antecede o retorno as aulas, os pais devem estabelecer horários para brincar, usar os eletrônicos, alimentação e a hora de ir para a cama descansar, pois uma boa noite de sono equilibra o sistema nervoso e o prepara para uma boa rotina de aprendizagem escolar. A organização da mochila, materiais e uniforme pela criança vai reduzindo o sentimento de medo e ansiedade, trazendo euforismo e desejo de estar no ambiente escolar.
A criança deve ser incentivada a aproveitar esse ambiente, rever os amigos ou fazer novos, brincar e realizar as atividades. A escola deve ser uma segunda casa para criança.

Como lidar com o choro?
É normal a criança sentir medo, insegurança em um ambiente novo. Os pequenos também passam por esta adaptação e o choro é a forma de demonstrar esses sentimentos. Já com os educadores ocorrerá a construção do vínculo afetivo: tempo que a criança precisa para se sentir segura com aqueles que vão ser seus cuidadores, através do apego, cuidado, afeto na rotina escolar, e que pode levar dias ou até meses. É preciso que os pais se sintam seguros e passem segurança para os educadores.
O que fazer quando a criança não quer ir ou não aceita a mudança de escola?
Identifique os medos da criança, deixe ela falar sobre suas emoções. É muito importante escutar o que a criança tem a dizer em relação aos seus sentimentos. Em alguns casos o assunto escola pode causar tristeza, ansiedade, até mesmo choro. Converse com a criança e diga que ela terá aulas divertidas e professores diferentes que irão acolhê-la e amiguinhos novos. Não pressione a criança com cobranças ou punição, deixe ela se familiarizar com o ambiente novo. Logo ela se sentirá segura e terá prazer em ir à escola. Se persistir o choro ou a aversão, os pais devem procurar um especialista, um psicólogo que irá ajudá-la a trabalhar este processo de aceitação do novo.

Algo mais?
Para finalizar, ressalto a importância da rotina para o desenvolvimento da criança. A sensação de previsibilidade que a rotina oferece é essencial para o desenvolvimento cerebral da criança, principalmente no que se refere à autoestima, à autoconfiança e à autorregulação emocional. A rotina é limite, é norte, é orientador da criança, é o que a situa no mundo, se compreende e compreende como são as coisas à sua volta. Ela delimita, regula e tranquiliza, ela favorece o equilíbrio emocional, o senso de pertencimento e contribuiu para a sua autonomia no ambiente familiar e escolar, trazendo para ela um desenvolvimento saudável e positivo.

“Crianças são como borboletas ao vento, umas voam rápido, outras voam pausadamente, mas todas voam do seu melhor jeito, cada uma é diferente, linda, cada uma é especial.” Inês Clímaco. Um ótimo retorno e um ano letivo cheio de sucesso para todos! Ótimo 2023!

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