Com o fechamento e restrições de fronteiras, o socorrense Maurício Conti passou a pedalar mais pela nossa região, que tem se tornado um centro de “ciclo turismo”, e a realizar o que tem se tornado uma febre entre os amantes do esporte: as “ciclo viagens”. Maurício fez a “Rota da Luz”. Ele nos conta como foi mais essa viagem!!

“Então, vocês já ouviram falar da “Rota da Luz”? Assim como muitos outros caminhos de peregrinação pelo mundo todo que propiciam aos peregrinos uma jornada de fé, reflexão e meditação, rumo a centros de devoção e peregrinação católica. A “Rota da Luz” fornece uma opção segura aos devotos, que partem de cidades próximas à capital de São Paulo, para chegar à casa de Nossa padroeira, a “Rainha do Brasil”, a Basílica de Aparecida.

Há diversos caminhos e rotas destinadas aos que querem fazer uma peregrinação, seja a pé, de bicicleta, moto, cavalo, trator ou qualquer outro meio de deslocamento. Um dos mais famosos, é o “Caminho da Fé”, oficializado há mais de 15 anos, possuindo diversos caminhos até Aparecida.

Entre os dias de 27 a 29 de agosto, fizemos a “Rota da Luz”, que é um trajeto que foi concebido para garantir o bem-estar e a segurança dos caminhantes e ciclistas, que partiam de cidades próximas da capital, e antes realizavam a peregrinação até Aparecida, de forma insegura, pelas margens da Via Dutra. Essa rota foi criada pela Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, mas quem tomou a frente esse projeto, inaugurado em 2016, foi a ex-primeira dama do governo Paulista, Dona Lu Alckmin, católica e devota de Nossa Senhora Aparecida.

Com apoio e logística da empresa de transporte FM Tour daqui de nossa cidade, e organização do grupo “Borá Lá” da cidade de Serra Negra, um grupo de mais de 40 ciclistas fez esse traçado, o qual é formado por estradas secundárias, somando 201 km que passam por nove municípios. Partindo do princípio de facilitar o acesso dos peregrinos, inicia-se o caminho, a partir de uma estação de trens; a estação “Estudantes” de Mogi das Cruzes, ou seja, a partir de qualquer ponto da capital pode-se chegar a este ponto por trens metropolitanos, pois a cidade de Mogi das Cruzes está localizada na Grande São Paulo e também próxima do aeroporto de Guarulhos. Segue-se com destino a Guararema, em um percurso de 25,8 km. De lá, segue por 23,7 km em direção à Santa Branca. A estrada seguinte tem 36,7 km e levará até Paraibuna. Continuando por mais 30,8 km, chegará a Redenção da Serra, que está a 34,2 km de Taubaté. O percurso segue até Pindamonhangaba por mais 28,05 km. São 12,75 km para atingir a próxima cidade, Roseira. Deste ponto, começa a parte final do trajeto rumo à Aparecida, que está 9 km distante.

Para realizar o percurso desta forma, o caminhante deverá portar o “Passaporte da Rota”, que pode ser retirado na “Estação Estudantes” ou até impresso no site: http://www.rotadaluzsp.com.br. Com o passaporte em mãos, os devotos deverão dar início ao trajeto, que é devidamente sinalizado com placas e setas pelo caminho, mas podemos também seguir o caminho com um aplicativo para smartphone, disponibilizado na Apple Store e no GooglePlay, chamado de “Caminha São Paulo”, sempre verificando os locais onde encontram-se os carimbos e registrando todos os municípios percorridos. Ao obter no mínimo 3 Carimbos em seu passaporte, seja de qual for à cidade, junto ao carimbo final e obrigatório de Aparecida, o caminhante já poderá fazer a retirada do certificado, dirigindo-se a Secretaria de Pastoral, na Basílica de Nossa Senhora Aparecida (último ponto da rota).

Mauricio e o grupo “Bora Lá”, de Serra Negra

Aprendendo e estudando um pouco da “Rota da Luz” antes de fazer o caminho, li uma reportagem que dizia que, os olhos da ex-primeira-dama do Estado e São Paulo, Lu Alckmin brilham ao falar da rota da qual virou madrinha e o percorre todos os anos renovando sua fé. Ela inclusive confidencia aos amigos que seu filho mais novo, o caçula Thomaz falava: ‘Mãe, quando a senhora for fazer essa caminhada eu vou de moto ou a cavalo…”. E complementa: “Quando eu estava quase completando o projeto do percurso ele partiu. Então a gente trabalhou para concluir essa rota. Um ano após a partida dele, no dia 2 de abril de 2016, teve a missa de inauguração e a partir do dia 3 eu sai para caminhar, durante uma semana.” *Para quem não se recorda, Geraldo e Lu Alckmin perderam o filho mais novo, em um trágico acidente de helicóptero em Abril de 2015.

Nas postagens que efetuei no meu Instagram, me surpreendi com os “likes” deixados pela própria Lu Alckmin. Recomendo a todos fazer essa rota, independente de seu cunho religioso, pois a rota tem uma infraestrutura invejável, com paisagens maravilhosas, às margens do complexo de represas de Paraibuna e Natividade da Serra, formadas pelos rios Paraitinga e Paraíba do Sul, muitos hotéis, pousadas e pesqueiros que dão assistência aos romeiros. Surpreendeu-me diversos locais, que ofereciam lanches, com café, leite, pães e doces, aos peregrinos de forma gratuita, em que você deixa uma contribuição se quiser e puder, para ajudar aos que estão rumando para a casa de Nossa Mãe Aparecida e não tem como pagar por isso. Nas cidades pequenas que cruzávamos como

Redenção da Serra e Santa Branca, os habitantes dessas cidades, ao nos ver passar nos davam os parabéns e desejam uma boa peregrinação, pedindo para rezar por eles no santuário. Sem contar que a chegada ao Santuário de Aparecida, para os católicos tem uma emoção especial, pois são dias de superação, em que agradecemos a saúde e a disposição em poder efetuar essa rota. Agradeço ao Jornal “O Município” a possibilidade de poder compartilhar mais essa experiência em minha vida. Obrigado.”

Nós do Jornal “O Município”, é que agradecemos por mais essa colaboração, contando suas aventuras e convidamos aos leitores a acompanhar suas postagens nas redes sociais, no Instagram, como @mauriciocontiasuaviagem e no Youtube e Fanpage do Facebook: “Mauricio Conti a Sua Viagem”.

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