No dia 12 de outubro, o médico ginecologista, dr. Décio E. Lauretti, participou de uma roda de conversa com as alunas do Centro de Treinamento Correria que teve como tema a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, que é o objetivo da campanha Outubro Rosa.
“No Brasil, a mamografia é recomendada anualmente para mulheres a partir dos 40 anos, visando o diagnóstico precoce
e a redução da mortalidade pelo câncer de mama, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de
Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)”, enfatizou ele, apresentando alguns dados sobre a doença.
O médico contou que o tumor maligno de mama é o mais frequente entre as mulheres, chegando a atingir 24,5% do público
feminino. “No mundo, 12% das mulheres terão câncer de mama durante a vida. Já no Brasil, são diagnosticados 66.280 casos novos de câncer de mama por ano; são 61 casos a cada 100 mil mulheres”, disse ele, lembrando que 1% dos tumores de mama aparecem em homens.
Fatores de risco para o câncer de mama
Ao falar sobre os fatores de risco para o câncer de mama, o dr. Décio Lauretti citou o hábito de fumar, que está ligado a quase 90% dos casos do tumor mais mortal entre as mulheres, o do pulmão. Além disso, ele falou sobre a idade e também obesidade e sobrepeso, principalmente após a menopausa e o sedentarismo. “É por isso que a prática de atividade física, pelo menos 150 minutos por semana, de forma moderada, é uma das formas de prevenção”, disse o médico.
Ele também alertou sobre o uso de dose altas de hormônios por mais de cinco anos; o início da menstruação antes dos 12 anos e a menopausa tardia – após os 55 anos, como fatores de risco. “Também podemos citar o fator ‘não ter filhos’, já que a amamentação ajuda muito na prevenção do câncer de mama”, acrescentou o dr. Décio, lembrando também que a radia-
ção, ou seja, muitas tomografias e radioterapias contribuem para o aparecimento da doença.
As participantes da roda de conversa também receberam informações sobre os fatores hereditários que contribuem para o surgimento dos tumores. “As mulheres devem ficar atentas ao histórico familiar, especialmente quando for mãe, irmã ou filha, antes dos 50 anos”, disse ele. No entanto, ele lembrou que somente cerca de 10% dos casos têm histórico familiar.
“Vale alertar também que quem já teve câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também deve ficar atenta”, enfatizou.
Prevenção
Além do acompanhamento médico e exames períodos anuais, é importante que as mulheres fiquem atentas aos hábitos que podem prevenir o câncer de mama. Como o dr. Décio afirmou anteriormente, o controle de peso, prática de atividades físicas, a amamentação e evitar o fumo são alguns deles.
“Além disso, é importante evitar o abuso de bebidas alcoólicas e o uso de terapia de reposição hormonal e anticoncepcional oral combinado com estrógeno por tempo prolongado. “O estrogênio pode ajudar algumas células do câncer de mama a crescer quando o tumor já está presente no corpo da mulher”, explicou ele.