Em entrevista ao Município, o atleta socorrense Diego Oliveira contou sobre a retomada das atividades na China, depois de longos meses de lockdown total. Morando no país há cinco anos, o lutador de muay thai treina normalmente e já tem até luta marcada para o final de abril. Confira seu depoimento:
“Estava de férias no Brasil e cerca de três dias depois que retornei, iniciou o lockdown. Vivemos assim um mês e meio. A China parou totalmente. Todos os moradores recebiam uma espécie de vale: eram dois por semana para comprar os itens necessários. Só depois que o governo constatou uma queda no número de infecções, os comércios foram reabertos, aos poucos e seguindo uma série de recomendações: aferição de temperatura, máscaras e era obrigatório mostrar um QR Code para certificar de qual região você vinha. Vermelho, de áreas onde o vírus ainda estava contaminando muito; amarelo de regiões mais controladas e o verde significava que estava fora de perigo. Depois dessa fase, as academias retomaram suas atividades assim como os campeonatos. Mas treinar exigia uso de máscara, temperatura, cadastro com nome, telefone, sendo assim por quatro meses. Mas agora, ninguém mais fala de vírus e já seguimos com a vida praticamente normal”, conta Diego.
Segundo o socorrense, uma das restrições mais severas que ainda seguem são as viagens: sair da China ou ir para províncias ainda consideradas como risco. Caso alguém necessite deixar o país, na volta precisa estar vacinado com a vacina chinesa, ficar de quarentena por quinze dias e arcar com todas as despesas dos exames obrigatórios e o isolamento nos hotéis escolhidos pelo governo.
Do outro lado do mundo
Em fevereiro de 2020, durante as férias aqui no Brasil, ele esteve em nossa redação para falar sobre suas conquistas no esporte, representando nosso país no Oriente – berço das lutas marciais. Fera dos ringues, Diego coleciona vários títulos e cinturões. Vive na cidade de Shenzen, próxima de Hong Kong.